Neste exato momento, alguém pode ter deixado um recado no seu perfil de rede social, ou um e-mail importante pode ter chegado.
O problema é que o virtual não tem limites.
Falar da diferença entre “real” e “virtual” hoje soa como gafe. Vale recapitular como chegamos aqui. Se você pertence à geração Y (nasceu entre 1976 e 1994) foi certamente influenciado pela ideia do “virtual”.
Pertence à geração que assistiu a uma rápida mudança tecnológica e tomou um susto quando navegou pela primeira vez na internet.
Hoje, a consequência dessas mudanças é um desdobramento dos planos onde os eventos acontecem.
No exato momento em que você lê este texto, sua vida virtual continua em plena velocidade: alguém pode ter deixado um recado no seu perfil em alguma rede social neste exato momento, ou um e-mail importante pode ter chegado (fique à vontade para ir lá conferir, o autor).
O virtual passou a competir acirradamente por nossa atenção. Estamos “aqui”, mas precisamos ficar de olho no que acontece “lá”.
O problema é que o virtual não tem limites.
Pede nossa atenção ilimitada, ao mesmo tempo em que nossa capacidade de prestar atenção nele é só humana.
Deixamos até, muitas vezes de colher bons frutos, nos pomares da vida...
Pergunte a quem joga Farmville ou World of Warcraft.
Vai ouvir relatos dramáticos sobre a escassez de atenção, com muita gente trocando horas de sono por alguns pontos a mais.
Nossa vida “virtual” também serve para revalorizar rituais com o pé fincado no real,tornam-se grandes encontros para a classe criativa global, cansada (ou nem tanto) de ficar em frente a uma tela de TV.
É um fenômeno que guarda semelhanças com a forma como o “slow food” reage ao “fast-food” ou como os movimentos pró-bicicleta respondem a um modelo de cidade que é privilegia os carros.
A confusão entre real e virtual vai ser cada vez maior.
Na constante disputa entre virtual e real, não existe vitória, mas pode haver uma boa dose de diversão....
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