Fotografar um corpo amado não é apenas registrar pele… É tocar o invisível.
É filosofar com a temperatura da luz do flash, como se cada curva fosse argumento, cada sombra fosse pensamentos contendo segredos, que só a pele ousaria contar.
E se for o corpo nu amado é mais do que desejo, é linguagem corporal exercendo a mais bela forma de liberdade.
Não há roupa, não há máscara, não há disfarce… Só existe coragem de se revelar por inteiro.
A fotografia, então, vira testemunha desse instante em que a beleza deixa de ser só exposição e vira poesia visual.
A cada clique guarda tamanha filosofia que nenhum acadêmico alcança… a de que amar é aceitar a nudez do outro, não apenas da carne, mas também da alma.
Ao fotografar, não se captura só nudez, celebramos com poéticos versos esse instante.
E um manifesto de que amar é querer se ver, sem véus, e assim desejar eternizar esse delírio que chamamos de expressão da intimidade através da arte e do desejo, onde não existe vulgaridade e sim um pacto de confiança e beleza.
Porque, a imagem não revela só o corpo… Ela revela a beleza do olhar de quem ama, transformando o ato de fotografar que é visto como técnico em um gesto quase sagrado de intimidade.
O amor verdadeiro é o único olhar capaz de despir sem violar.
E nessa entrega… que a fotografia vira eternidade.
Por Alfredo Guilherme