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Há… minha linda…
Teu nome já é convite, suspiro antes do toque, promessa que se cumpre na pele.
Você chega como quem não pede licença, mas ocupa todos os cantos do meu corpo.
E o mundo, por instantes, se resume ao teu hálito quente na minha boca.
Teu olhar, lâmina e abrigo corta minhas defesas e costura meus desejos com a linha invisível da tua entrega.
No teu abraço, não existe metade, não existe talvez.
Só a certeza úmida e ardente de que o amor, com você, é verbo no presente.
Um convite, a tua pele nua, nela eu descubro o mapa do prazer.
No teu toque acende o fogo da paixão, que não quero apagar.
Em ti, a entrega é o próprio orgasmo do amor.
E quando a madrugada se despede, ainda posso sentir em mim o perfume da tua coragem de me amar sem freios.
Por Alfredo Guilherme
Que seja assim…
Se é pra falar em sexo com poesia…
Então venha…
Deixa eu escrever um conjunto de versos de um poema, e ler seus desejos na ponta da língua.
A gente não precisa combinar rimas, porque nossos corpos já falam o mesmo idioma.
E quando o silêncio cair… que ele seja só a pausa entre um verso e outro.
Se é pra falar em sexo com poesia…
Então quero que nossos corpos sejam rimas livres, onde cada toque seja um verso, e o final… e a gente escreve gemendo.
Se é pra falar em sexo com poesia…
Quero que sua pele seja meu papel.
E do suor dos nossos corpos saia a tinta, e cada letra seja escrita com o ritmo quente dos nossos corpos.
Que o ponto final só venha quando o silêncio for tão profundo que até a respiração vire verso.
E se o silêncio for só o começo de outro poema?
Por Alfredo Guilherme