quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Uma crônica se disfarçando de metáfora…

 



 Na janela, contemplando a noite… Um gato.

    Com olhos que brilham como duas brasas curiosas, atentos ao mistério que só a escuridão da noite sabe guardar.
    E de repente, borboletas surgem, dançando em torno dele, como pequenas centelhas de luz.
    Frágeis borboletas noturnas, insistentes, que parecem sussurrar segredos ao seu redor.

    A cena, de tão improvável, que é denuncia algo no ar.
    Não é apenas um gato… não é apenas uma noite qualquer… não é apenas o voo inquieto de asas delicadas.
    É a linguagem invisível do romantismo que se infiltra nos lugares mais silenciosos.
    Porque quando a noite se enfeita de borboletas, é sinal de que corações apaixonados andam conspirando.

    O amor tem dessas artimanhas…
    Escolhe metáforas sutis para se anunciar… em um gato à espreita, com a lua certamente, vigiando lá do alto, borboletas que não deveriam estar ali, mas estão.
    Tudo para dizer, sem palavras… Há desejo no ar, há poesia rondando, há romance prestes a acontecer.

    E quem vê a cena entende, mesmo sem querer… não são as borboletas que giram em torno do gato.
    É o amor… Invisível e insistente, girando em torno de nós.


    Por Alfredo Guilherme 


7 comentários:

Anônimo disse...

Seu texto mostra que até nas cenas mais silenciosas a vida inventa sinais para lembrar que o romantismo nunca dorme.
Lindo demais, Amigo Alfredo.

Alguil disse...

Bonito isso que você disse… o amor sempre encontra brechas para se revelar, mesmo nas entrelinhas da noite. Talvez escrever seja só isso, deixar que essas frestas virem poesia.

Anônimo disse...

Lendo esse texto, percebi que o amor também ronda minha janela… às vezes silencioso, às vezes insistente, mas sempre presente. Obrigado por me lembrar disso com tanta poesia.

Anônimo disse...

Alfredo, sua escrita me faz acreditar que o amor sempre encontra um jeito de se revelar, mesmo quando se disfarça em metáforas noturnas. Esse gato e essas borboletas parecem guardar segredos que só os corações atentos conseguem ouvir.

Anônimo disse...

Você conseguiu transformar um simples gato na janela em um manifesto romântico! Quem dera todo olhar do cotidiano tivesse essa delicadeza de enredo. Show a sua crônica adorei.

Alguil disse...

Que bom saber que essa cena chegou até você com essa delicadeza. Acredito que até um gato pode ser cúmplice do romantismo quando a noite decide conspirar…obrigado pelo comentário

Alguil disse...

Obrigado por enxergar comigo esse encanto e segredos que só os corações atentos conseguem ouvir