quinta-feira, 22 de maio de 2025

Facetas Pretas…


     A pele negra é um poema que se escreve com a luz. É uma tela de histórias, um espelho de ancestralidade, um manifesto de força. Mas, acima de tudo, é beleza. Beleza que não pede licença, que ocupa espaço, que existe em todas as suas formas.

     Há quem tente defini-la, limitá-la a um padrão estreito. Mas quem conhece a alma preta sabe que suas facetas são múltiplas. São rostos distintos, expressões marcantes, sorrisos largos. É o brilho que não se apaga, a presença que não se esconde, o caminhar que carrega séculos de resistência e orgulho.

    Nos cabelos crespos que desafiam a gravidade, há galáxias inteiras de histórias. Nos olhos profundos, há a verdade de quem viveu, sonhou e conquistou. Nos lábios cheios, há risos que ecoam como cantos de liberdade.

    Facetas pretas são arte viva. São o passado que pulsa no presente. São o futuro que brilha sem pedir permissão.

    Porque ser preto é carregar uma beleza que transcende o olhar. É saber que cada traço, cada tom, cada curva é uma celebração da própria existência.

    E, se há quem ainda tente ignorar, é porque não aprendeu a enxergar para além do que vê. Porque a pele preta não é apenas cor. É significado, é potência. É luz própria.

    A verdadeira beleza não está no que se observa superficialmente, mas na profundidade de suas facetas. Facetas pretas. Facetas vivas. Facetas eternas.


 
Por Alfredo Guilherme




11 comentários:

Anônimo disse...

Que texto poderoso! A pele negra é, de fato, um manifesto vivo de resistência, orgulho e ancestralidade.

Anônimo disse...

Há algo profundamente poético na forma como vc descreve o texto, a pele preta é realmente como a luz, porque ela é exatamente isso, uma luminosidade única que reflete história, luta e celebração.

Anônimo disse...

O mundo só tem a ganhar ao aprender a enxergar essa beleza sem limitar, sem condicionar, sem reduzir sua magnitude.

Anônimo disse...

Que incrível maneira de celebrar essa potência! da cor preta amei o o texto meu amigo Alfredo

Anônimo disse...

A metáfora da pele como um poema escrito com luz é belíssima e traduz a ideia de que a beleza negra não precisa de validação externa, ela existe por si só, ocupa espaço e reflete séculos de força. belo texto...

Anônimo disse...

O texto faz uma crítica sutil, mas firme, à limitação imposta por padrões externos, convidando o leitor a enxergar a negritude como arte viva, potência e luz própria. gostei dessa parte ....

Anônimo disse...

Parabéns realmente é tudo isso e muito mais, pena que sejam tão rejeitada pela própria negritude.....

Anônimo disse...

A faceta preta ocupa espaço, brilha sem permissão e resiste contra tentativas de apagamento. belíssimo texto cara !!!

Anônimo disse...

A referência aos cabelos crespos, aos olhos profundos e aos sorrisos largos como manifestações de história e orgulho dá um caráter ainda mais simbólico à identidade negra.
Texto poderoso

Anônimo disse...

👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾 Lindo texto

Anônimo disse...

💝