Não é a primeira vez que uma
guerra como essa acontece.
No começo do século passado, a luta era entre
carros e pedestres, que andavam “juntos e misturados” .
Um bom amante da velocidade, defendia
arduamente os carros... Dizia que o problema era similar a um aquário: o peixe
grande (o carro) sobrepõe-se ao pequeno (o pedestre).
A solução para ele era simples...
O aquário precisava ser maior para caber todo mundo... Surgia a cidade moderna,
com suas ruas bem delimitadas, carros e pedestres separados.
Deu no que deu, quanto mais o
aquário cresce, mais peixes grandes aparecem... E a velocidade tão amada virou
utopia.
O movimento pelas bicicletas
mostra a vontade de tornar a cidade mais humana.
Grande parte do planejamento
urbano hoje gira em torno de uma única questão, como acomodar mais carros?
Nossas cidades estão viciadas
nesse problema.
E todo mundo paga o preço do
vício.
Se o movimento pró-bikes tem uma
agenda, a ideia de desenvolvimento, tem que ser repensada.
Ao sacrificar um pouco de velocidade, todo mundo pode ir mais rápido... Vale para a cidade e para tudo mais.
Pedalar também está na moda. Caiu
no gosto da galera em geral.
Conheço gente que diz com todas
as letras: “carro é para preguiçosos que não ligam para o meio ambiente”,
simples assim.
Afinal, andar de bike é um jeito
diferente de flanar, de sair pelas ruas como quem participa de uma conversa.
E aumenta a consciência fashion, de quem pedala com roupas que funcionam no clima tropical.
Por tudo isso a bicicleta é hoje
muitas coisas, dentre elas o símbolo de gente livre e da busca por uma cidade
melhor.
Na luta entre carros e bicicletas,
já escolhi meu lado...
Eu... Ando de moto...
Por Alfredo Guilherme
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