Mesmo que Maio não volte mais, e as flores se cansem de florescer no chão, carrego teu nome no vento feito promessa na contramão.
Teu silêncio me fala tão alto, tua ausência grita em mim. Teu adeus foi um laço apertado que o tempo não desfaz assim.
Mesmo que Maio me leve de ti, vou lembrar do teu rosto na chuva. O amor, quando é fundo, resiste, mesmo em ruína, mesmo em dúvida. E se a saudade me despedaçar, te amar ainda vai me bastar.
Te procurei entre ruas vazias, em sonhos partidos no chão. Tua sombra me guia em silêncio, é farol na escuridão.
Teu perfume ainda mora em Maio, mesmo quando já é Junho em mim. E cada pétala que cai no asfalto me pergunta por ti no fim.
Mesmo que maio me leve de ti, vou lembrar do teu rosto na chuva. O amor, quando é fundo, resiste, mesmo em ruína, mesmo em dúvida. E se a saudade me despedaçar, te amar ainda vai me bastar.
Não preciso de promessas, só do que a lembrança traz. Um amor que mesmo ausente nunca se desfaz...
Mesmo que o tempo não cure o que há, vou te guardar na canção que o vento traça.
E enquanto houver Maio em mim, e uma primavera que insiste em florescer mesmo depois da estação ter partido. Vou te amar.
Alfredo Guilherme