segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Poetizando...Vestígios e Cheiros do amor...


     Vestígios... 

    Ainda há você em tudo... Na dobra do travesseiro, no silêncio que pesa quando a noite cai.   
    A cama, moldada pela tua ausência, insiste em guardar teu formato, como se o tempo não tivesse coragem de apagar o que fomos.

    Meus lábios, mesmo secos de saudade, ainda sabem teu gosto. É uma memória que não se dissolve, um eco íntimo entre o toque e o desejo.

    O lençol carrega teu cheiro, não aquele que se compra em frascos, mas o que nasce da pele, da respiração entrecortada, do calor que se espalhava entre nós.

    É tua assinatura invisível, gravada em cada canto onde o amor se fez corpo. Vestígios. Não são lembranças, são provas. De que o que houve, ainda há.

    Cheiros do Amor...

    O amor tem cheiro de saudade, que se esconde na roupa esquecida.

    Tem a essência da presença, pele e respiração que não cabem em frascos.

    Às vezes é doce como mel, às vezes incenso ardente de desejo.

    Pode ser brisa de ternura, café fresco, flor no quintal, ou névoa de mistério no perfume de quem passa.

    E mesmo quando o tempo insiste em apagar, ele deixa fragrância de eternidade, como se amar fosse respirar o infinito desse perfume.


    Por Alfredo Guilherme


11 comentários:

Anônimo disse...

A escolha da palavra vestígios é poderosa, ela sugere que o amor não apenas passou, mas deixou marcas físicas, emocionais e olfativas que resistem ao tempo e à ausência.

Anônimo disse...

É viver algo que não se limita ao tempo cronológico, mas que se eterniza nos sentidos, na memória e no corpo. valeu caro amigo !!!!

Anônimo disse...

Cheiros de amor quando se sente saudades são esquecidos.

Anônimo disse...

Muito obrigada ??? 💝

Anônimo disse...

Grande poemas, que constrói uma atmosfera de permanência. É como se o amor tivesse se tornado matéria, ocupando espaço mesmo depois da partida.

Anônimo disse...

A segunda parte do texto mergulha no universo olfativo, talvez o mais íntimo dos sentidos. O cheiro que não se compra, mas se revela na pele e na respiração, é uma metáfora belíssima para o amor verdadeiro .

Anônimo disse...

💘💘💘💘💘 obrigada??

Anônimo disse...

Há uma delicadeza melancólica nesse texto, mas também existe uma força a de quem reconhece que o que foi vivido não se desfaz com o tempo. Bravoooo !!!!

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto poético... Grande amigo Alfredo ... Muito legal aquele perfume que não se fabrica, mas se sente. A variedade de aromas que você evoca (mel, incenso, café, flor, névoa) mostra como o amor pode ser múltiplo, doce, intenso, cotidiano, misterioso.

Anônimo disse...

Realmente, Amar, nesse contexto, é respirar o infinito. É viver algo que não se limita ao tempo cronológico, mas que se eterniza nos sentidos, na memória e no corpo.

Anônimo disse...

👏👏👏👏👏👏👏👏