Meia
noite, acordei depois de um breve sono, virei para o lado esquerdo da cama
mesmo com a cortina semiaberta pude notar que havia, gotas de chuva escorrendo
pela vidraça da sacada da varanda do quarto.
Qualquer outro dia, certamente eu ia me levantar, e já na varanda acenderia um cigarro
para apreciar esse movimento gostoso dos pingos da chuva caindo, trazendo o frescor da
madrugada e com ela, um romantismo nostálgico.
Mas eu estava tomado por uma sonolência gostosa, e depois eu nem estou fumando mais.
Tateando
por entre o edredom para localizar o controle da TV que ainda permanecia ligada passando um daqueles filmes para que
possamos descer ao inferno, e assim podermos proferir um estrondoso palavrão
antes de dormir por já termos visto pelo menos umas cem vezes, a porcaria do filme.
Desligar
a TV, é o óbvio...
Mas,
não antes de dar uma olhada no celular para uma rápida conferência básica no
Face ou no WhatsApp, “vicio filho da puta” adquirido por esse “amor aumentado”
a cada dia pelos nossos super e poderosos celulares.
Já
com a tv desligada, tentei entrar na segunda etapa do meu merecido sono.
Quando
o meu celular começou a piscar, pois estava no silencioso, na tela apareceu, número privado.
Existem
alguns momentos em nossa vida, que mais se parecem com a chuva que escorre
pelo chão, que não se pisa, evapora no ar, mas antes inspira a natureza que se
movimenta magistralmente para finalmente ventar tudo isso, por todos os cantos, trazendo vida e beleza.
Isso
nos envolve numa escala sem fim, com um único propósito o de
aumentar a viscosidade para nos unir mais e mais ao amor.
Esse
era um destes momentos...
Atendi
é uma voz por mim conhecida, rouca extremamente sensual, quase que miando dizendo:
- Oieeee...!!!, meu lindo perdi o sono, tive vontade
de ouvir a sua voz e te dizer, o quanto “eu te amo”... Queria te ver um
minutinho no FaceTime...
Deixei
o iPhone ligado no FaceTime com a imagem do meu quarto na penumbra, e pedi se ela podesse me aguardar só um instante.
Vesti
em segundos um agasalho, peguei a chave do carro e corri até o elevador ainda amarrando o tênis, confesso meu
estado era frenético, apertei varias vezes o botão batendo nele com a palma da
mão.
“Vem,
vem, cacete !”
Finalmente
o elevador chegou, sai da garagem a toda, um carro, que vinha na
minha direção teve que frear forte, senti
nas minhas costas os olhos queimando do motorista emputecido que com certeza com um bravo palavrão ofendeu a minha mãe.
Com
as ruas e a Marginal quase sem trânsito em 20 minutos já estava estacionado o carro
em frente ao condomínio dela, a chuva ainda castigava a fria noite paulistana, sem piedade.
Pedi na portaria para não ser anunciado, tendo a chave do apartamento
entrei de mansinho.
Parei por uns instantes na sala para me emocionar diante de um porta retrato na estante, era uma foto nossa tirada pelo sobrinho dela, fotógrafo profissional na semana passada, quando estávamos caminhando ao pôr do sol pela praia.
Parei por uns instantes na sala para me emocionar diante de um porta retrato na estante, era uma foto nossa tirada pelo sobrinho dela, fotógrafo profissional na semana passada, quando estávamos caminhando ao pôr do sol pela praia.
Ao
chegar no quarto ela estava adormecida mas com o celular ainda ligado no FaceTime, a
minha espera.
Deitei
ao lado dela bem de mansinho, acariciando o seu cabelo beijando levemente o seu rosto, pude sentir o calor do seu corpo, despertou assustada mas com um sorriso mais lindo deste mundo, acompanhado pelos olhos arregalados e cheia de surpresa gritou...
- Você é louco ...!!!! - Eu não, acredito...
Em seguida deu uma gostosa risada de felicidade, me abraçou me beijando loucamente me levando para debaixo do edredom.
Em seguida deu uma gostosa risada de felicidade, me abraçou me beijando loucamente me levando para debaixo do edredom.
Essa
surpresa fez desta noite a mais ardente de todas as outras já vividas por nos.
Nuamente falando nós entregamos noite à dentro.
Nuamente falando nós entregamos noite à dentro.
Adormecemos
já com o a cortina blecaute não resistindo aos primeiros raios da luz do dia, que trazia timidamente à
luz do sol entre nuvens escuras.
Bem, o nosso café foi na hora do almoço, e o nosso almoço foi na hora do jantar
Bom, contei, tá bom pra vocês...
Bem, o nosso café foi na hora do almoço, e o nosso almoço foi na hora do jantar
Bom, contei, tá bom pra vocês...