quinta-feira, 19 de abril de 2018

Eu quero contar e daí...


         Meia noite, acordei depois de um breve sono, virei para o lado esquerdo da cama mesmo com a cortina semiaberta pude notar que havia, gotas de chuva escorrendo pela vidraça da sacada da varanda do quarto.

         Qualquer outro dia, certamente eu ia me levantar, e já na varanda acenderia um cigarro para apreciar esse movimento gostoso dos pingos da chuva caindo, trazendo o frescor da madrugada e com ela, um romantismo nostálgico.

         Mas eu estava tomado por uma sonolência gostosa, e depois eu nem estou fumando mais.

         Tateando por entre o edredom para localizar o controle da TV que ainda permanecia  ligada passando um daqueles filmes para que possamos descer ao inferno, e assim podermos proferir um estrondoso palavrão antes de dormir por já termos visto pelo menos umas cem vezes, a porcaria do filme.

          Desligar a TV, é o óbvio...

          Mas, não antes de dar uma olhada no celular para uma rápida conferência básica no Face ou no WhatsApp, “vicio filho da puta” adquirido por esse “amor aumentado” a cada dia pelos nossos super e poderosos celulares. 

          Já com a tv desligada, tentei entrar na segunda etapa do meu merecido sono.  

          Quando o meu celular começou a piscar, pois estava no silencioso, na tela apareceu, número privado.

          Existem alguns momentos em nossa vida, que mais se parecem com a chuva que escorre pelo chão, que não se pisa, evapora no ar, mas antes inspira a natureza que se movimenta magistralmente para finalmente ventar tudo isso, por todos os cantos, trazendo vida e beleza. 

          Isso nos envolve numa escala sem fim, com um único propósito o de aumentar a viscosidade para nos unir mais e mais ao amor.

          Esse era um destes momentos...

          Atendi é uma voz por mim conhecida, rouca extremamente sensual, quase que miando dizendo:
          - Oieeee...!!!, meu lindo perdi o sono, tive vontade de ouvir a sua voz e te dizer, o quanto “eu te amo”... Queria te ver um minutinho no FaceTime...

          Deixei o iPhone ligado no FaceTime com a imagem do meu quarto na penumbra, e pedi se ela podesse me aguardar só um instante.

          Vesti em segundos um agasalho, peguei a chave do carro e corri até o elevador ainda amarrando o tênis, confesso meu estado era frenético, apertei varias vezes o botão batendo nele com a palma da mão.

          “Vem, vem, cacete !”
          Finalmente o elevador chegou, sai da garagem a toda, um carro, que vinha na minha direção teve que frear forte,  senti nas minhas costas os olhos queimando do motorista emputecido que com certeza com um bravo palavrão ofendeu a minha mãe.

          Com as ruas e a Marginal quase sem trânsito em 20 minutos já estava estacionado o carro em frente ao condomínio dela, a chuva ainda castigava a fria noite paulistana, sem piedade.

          Pedi na portaria para não ser anunciado, tendo a chave do apartamento entrei de mansinho.

         Parei por uns instantes na sala para me emocionar diante de um porta retrato na estante, era uma foto nossa tirada pelo sobrinho dela, fotógrafo profissional na semana passada, quando estávamos caminhando ao pôr do sol pela praia. 

         Ao chegar no quarto ela estava adormecida mas com o celular ainda ligado no FaceTime, a minha espera. 

         Deitei ao lado dela bem de mansinho, acariciando o seu cabelo beijando levemente o seu rosto, pude sentir o calor do seu corpo, despertou assustada mas com um sorriso mais lindo deste mundo, acompanhado pelos olhos arregalados e cheia de surpresa gritou...

          - Você é louco ...!!!! - Eu não, acredito... 

          Em seguida deu uma gostosa risada de felicidade, me abraçou me beijando loucamente me levando para debaixo do edredom.

         Essa surpresa fez desta noite a mais ardente de todas as outras já vividas por nos.          
        Nuamente falando nós entregamos noite à dentro.
         Adormecemos já com o a cortina blecaute não resistindo aos primeiros raios da luz do dia, que trazia timidamente à luz do sol entre nuvens escuras.

         Bem, o nosso café foi na hora do almoço, e o nosso almoço foi na hora do jantar

         Bom, contei, tá bom pra vocês...


quinta-feira, 12 de abril de 2018

Divinal querer...


Lembra de mim... 
Mesmo, se não quiser
me achar...
 Vai lembrar.

Hoje me desmontei.
Quem pediu para apagar a luz ?
E quem falou, que apagou...

Essa luz,
 continua a iluminar
o corredor do tempo.
 É a sua luz...

Hoje...
Deixei-me iluminar de novo...

Vamos celebrar 
mesmo na clausura da distância 
sem toque, sem olhar
 e sem envelhecer a saudade.

E não apague o fogo...
Se nos ver em chamas.
Mesmo, após o orvalho 
cobrir a manhã. 

Hoje, eu não escolhi... 
O mal me quer.  

Lembrando o seu paladar
vou sair sozinho...
Dar um nó no tempo
ouvindo essa canção
tocar no rádio do carro.
  
Hoje preciso de você.
Com qualquer humor.
Com qualquer sorriso.
Hoje só tua presença.
Vai me deixar feliz.
Só hoje...



terça-feira, 10 de abril de 2018

Tem jeito sim...


         Se é que podemos chamar de diversão, os quentes e estalados momentos de emoções, que não podem ser desperdiçados em circunstância nenhuma.

         Rotina, no relacionamento, o cansaço pelo dia a dia, 
         Às vezes testa os nossos limites, mostre-se quente e sensual, através de você tem jeito sim...

         “Um dos dois, pode relutar em querer sofrer um pouquinho ao relembrar os erros, mas também irá derreter de prazer na salvação”.

        Relaxa, essa frase não é de nenhum salmo.

        É o que eu chamo de prelúdio brilhante...
        Com certeza será ainda mais bonito que o habitual, junte-se ao tempo, trazendo a primeira vez.

        Quando foi isso ? Foda-se, age como se fosse o primeiro tempo de você, com o seu amor.

        Volte se for possível aos lugares dos primeiros encontros.
         Ouça aquelas românticas canções que te dava formigamento palpitações na chegada e na partida.
         
         Importante...

        Deixe que aconteça na cama a submissão, essa é ainda é uma antiga, mas poderosíssima arma em se tratando de sexo.

        O ar sobre a pele na praia é um clássico do romantismo...
        Cai bem em um final de semana qualquer...
        Desde que seja de puro sexo selvagem, para aumentar a adrenalina que está faltando no casal...

        Lembre-se que excitação não combina com perturbação...

        Exceto, ouvir o canto dos pássaros, o som das ondas batendo na praia, e o som indispensável de românticas melodias, para se dançar nu em pelos.

        Lugares para o amor...

       Tem que ser aqueles possíveis e os impossíveis, e valem também os improváveis, esses têm a minha preferência.

      Tais como, acostamento de estrada com uma bela passagem através da janela.
      Peitoril da janela a noite, escadarias do prédio e na garagem, no mar, na praia a noite, na piscina...

      Na varanda é show, principalmente se for em uma tarde quente de verão, tendo a sensação de que podem estar observando ao longe vocês, é incrível, eleva a adrenalina à mil.

       Agora vou dizer hein, top 10 é amar em cima de um ''Tapete Persa'', seu corpo vai sendo massageando pela macia tecelagem milenar da arte e cultura Persa.

       Siga a noite na tendência e na curiosidade, de descobertas neste seu prelúdio noturno brilhante, cobrindo os olhos da amada com um macio lenço de seda, faz a coisa toda ficar em suspense, o amor fica ainda mais emocionante.

       E o renascimento se torna um sentimento bonito, emocionante é muito mais íntimo, tendo com certeza um aviamento único... Para voltar ao primeiro tempo de suas vidas.

       Tentem antes de perder esse bem maior, que é o amor, para as incertezas, da vida...





quarta-feira, 4 de abril de 2018

Agora eu sei o que é o amor...


        Para começar...

       Quando ? Ao certo eu não sei.
        Falar de outras vidas é meio que fantasmagórico.
        Eu sempre digo para o Ryan isso... Que eu tive ele em algum momento antes de nos conhecer.

        Inegável, eu dizer que o charme natural dele se lançou na minha alma, sem pedir licença...
        Quando me dei por mim, já estava apaixonada.

        Em olhares cruzados, sorrisos, trocados surgiu algo há mais, entre meros desconhecidos.
        Pareceu-me mais um reencontro, pois sobraram afinidades.

        Sinto-me como uma adolescente aos 71 anos.
        Redescobrindo-me, e me entregando.
        Como se fosse tocada intimamente pela primeira vez.

        Sentindo o meu corpo me chamando ao prazer.
        Mesmo com as marcas do tempo nele presente.

        Tudo é tão real, tão infinitamente maravilhoso, que eu não encontro as palavras certas neste instante para descrever.

        Ocultos desejos, que acabaram esbarrando no pudor banal da velha criação que tiveram mulheres da minha geração.

        Mas que com esse novo relacionamento, acabou personificando em mim uma nova mulher. 

        Que em 35 anos suportou a armadilha que encantava e ao mesmo tempo, desencantava, enquanto o meu ex sem a menor culpa acabava com os meus sonho de varias formas, uma delas era desfilar com outro alguém.
        Enquanto os meus olhos derramavam lágrimas nos lençóis.

        Sei que muitas mulheres da minha idade passaram por isso.

        Hoje eu vivo em Atlantic City, espero um dia poder recebê-lo aqui na nossa casa Alfredo.

       Obrigada por postar esse meu desabafinho de felicidade, todos brasileiros moradores do meu bairro, são todos seguidores do seu blog, um carinhoso abraço...