O encontro 1952...
A mão que hoje afaga seu rosto é a mesma que te levou um dia, ao grande hotel... Te despertando o chique em você com um Pétit Gateau, para refrescar a sua noite, depois já bem mais tarde, no entrar da madrugada, uma taça de champanhe onde começamos à devanear realizando sonhos de prazeroso desejo.
Deixamos ali, simplesmente o passado rolar como folhas secas ao vento.
De chapéu Panamá me senti janota, pois não era e nunca fui um vaso ruim.
Descobrimos que a matéria prima da felicidade, nada mais era que, eu e você e o nosso amor.
Me preparei como um velho vinho para dar o melhor de mim.
Em pleno dedique pelo que acontecia lá fora, eu respirava você, com seu hálito quente, e seus beijos ardentes.
Que me fizeram desalterar para decantar a sua beleza mesmo antes de te despir.
Amei ainda mais você com mais intensidade ao sentir você adstringir o meu sexo dentro de você, fazendo com que iluminasse mais ainda o nosso prazer.
Depois contemplamos a lua, pois éramos só felicidade diante dela.
Veja lá, quando o amor tem opinião, tem que ter todos os agrados desejados.
Meu papel nesse amor e os detalhes, eu deixei escrito em um papel de seda.
Me arrepio ainda hoje ao relembrar.
O encontro da areia com mar, no desenho do calçadão de Copacabana, lembra esse nosso encontro, que de alguma forma se eternizou na minha memória por todos esses anos, meu grande e eterno amor...
Texto: Alfredo Guilherme