O que seria do futebol brasileiro se os gigantes acordassem? Ontem foi dia de
Corinthians e Flamengo, que deveria ser um dos maiores e mais importantes
clássicos do planeta. Mas quem o conhece fora do Brasil? A resposta é simples e
muito dura: praticamente ninguém.
A goleada, no dia do aniversário de 103 anos, apresentou um Corinthians mais
próximo de sua grandeza atual. Diante de um Flamengo que vinha de ótima e
contagiante vitória sobre o Cruzeiro na Copa do Brasil, a equipe de Tite
percebeu que havia perigo no Pacaembu. E uma oportunidade, desde que houvesse a
ambição que a levou tão longe.
E houve, resultado da qualidade de seu jogo individual e, principalmente,
coletivo, setor em que o Flamengo ainda patina, agora sob o comando de Mano
Menezes, que iniciou a reconstrução corintiana em 2008. Mano é realista,
reconhece o tamanho da vitória sobre o Cruzeiro, mas alerta que "tradição e
camisa não ganham jogo, é preciso qualidade e estrutura".
Ah, se os gigantes acordassem...
Independentemente do instituto de pesquisa, os números são mais ou menos
parecidos. Flamengo e Corinthians possuem as maiores torcidas do País.
Representam a paixão de cerca de 30% da população brasileira, algo em torno de
60 milhões de torcedores.
Concentram mais fãs do que toda a população da Espanha, pátria de duas
potências, de marcas globais como Real Madrid e Barcelona. Os gigantes espanhóis
são os preferidos dos torcedores brasileiros que admitem alguma simpatia pelo
futebol europeu.
A merda é que aqui....O esporte, tem dono!