terça-feira, 25 de outubro de 2016

Boulevard...Um agradável passeio...


      Numa tarde destas em pleno sabadão...

      Andei ali pela Praça XV, e a suas inúmeras barracas de venda de antiguidades peças raras mesmos... Eu mesmo comprei uma ficha usada no antigo Cassino do Copacabana Palace, foi nesta na Praça por testemunha, que eu curti muitos carnavais com o Cordão do Boitatá que reúne milhares de foliões todos os anos... 

      Confesso que fiquei maravilhado, com a beleza do Boulevard Olímpico... Entre as Praças XV e Mauá.


      O contraste entre as antigas construções e os prédios modernos como o RB 1 e a Bolsa do Rio, produz um efeito de encantamento único.

      Impressiona ver a Candelária soberba de frente para o mar, sem que a gente precise dar de cara com aquele horrível viaduto que lá existia. 


         Bem ali, debaixo da torre da Candelária está a Pira Olímpica e seu fogo que ficará eternamente na nossa memoria mesmo apagada.

         É como se esse pedaço do Rio tivesse reaparecido depois de escavações arqueológicas como as que garimpam a memória reavivada por tantas evocações.

         Se o Chafariz de Valentim agora reina na revigorada Praça XV, ele que tantas décadas padeceu como abrigo de mendigos e mostruário de insensatez histórica, o que dizer do Tribunal Marítimo, com sua simplicidade de beira-mar...

         Logo a seguir passei diante do Distrito Naval, onde os marinheiros de plantão ainda não se acostumaram com a passagem de tanta gente pelos decks de madeira por debaixo da ponte que molda magnificamente a paisagem.

        Ao pisar mas madeiras do deck acabamos fazendo um acompanhamento rítmico como se fossemos a qualquer instante entrar no ritmo de algum samba.

        E a gente passeia pelo passado e pelo presente. 

        Logo adiante quase na entrada do Museu de Arte do Rio-MAR, outro belo lugar para ser visitado, estão vários caminhãozinho que parecem terem saído de cinema americano, com balcão de vaso de flor e tabuleta de cardápio com hambúrgueres e cervejas artesanais e as mesinhas espalhadas a sua volta. 

         A gente aprendeu a chama-los de Food Truck, que tantas vezes me salvou no que eu chamo de horas-extras da vida, matando aquela fome na madrugada nas boemias noites da velha Lapa.

         E aí você pode saborear aquele sanduíche de carne de costela com molho de cerveja preta, e aquela gelada breja, que faz você ficar ali sentado vendo a vida passar diante dos seus olhos, em várias línguas, molejos e muita alegria.

         A caminhada termina?  no Morro da Conceição, e você pode também dar um role no VLT, (veiculo leve sobre trilhos)mas prepara o cartão de crédito pois só assim você poderá comprar o cartão para andar nele sem os cartões normais de condução usados no Rio.

         Por trás do esqueleto abandonado do prédio d’A Noite, outra escaramuça que o tempo há de regenerar, com as ladeiras de sonho parecem dar no céu.

       
     O legal e dar de cara com aquela imensidão branca, que se mistura no azul imponente do céu, ele o Museu do Futuro, visitado no estilo tropicalmente carioca, de bermuda e camiseta...

         
Onde mais senão nesse Rio de Janeiro reconciliado com sua história tendo mais a frente os restaurados prédios do cais com Exposições de Artes e o maravilhoso Aquário... 

      
    E é claro tirar umas fotos no maior grafite do mundo, de 2500 m², assinado pelo muralista Eduardo Kobra. Impactante e lindo!




        Beleza, de lugar... E para terminar esse gostoso passeio, só mesmo com uma visita aos Botequins da histórica Pedra do Sal chamado de o Berço do Samba, que fica ali perto.

        Não ir lá é até covardia em um dia assim... 



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