quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Recomeçar... Não, ou talvez ??



       Aldo Ribeiro e Vera da Piedade, depois de acusações e de expressarem todo o ódio que sentiam um pelo outro por vários anos de um relacionamento de idas e vindas tumultuada pela discórdia.  

        Resolveram... Apostar na paz...

        E selar a reconciliação juntos... Não com uma sonhada viagem à Europa, mas sim com uma mais em conta bem caseira por sinal, uma cultural viagem à cidade de Parati, onde segundo eles tinha algumas vantagens...

Deixariam de passear em um país estranho, com um frio do caralho, língua estranha, e se livrariam do alto preço do euro.

Aldo se mostrava com um certo receio de não aceitar essa reconciliação e acabar voltando a liberdade...

Soltar a ave branca da paz da mão, deixando ela voar livre no céu, poderia levar a uma puta rejeição de valores, que poderia ser temporária ou não...

Aí seria o mesmo que ter um letreiro neon na testa com os dizeres....

Se fodeu ... Se fodeu ...

Na verdade essa liberdade poderia fazer ele, voltar  acasalar em banheiros químicos no Carnaval Carioca... Por pura falta de um relacionamento solido...

Em busca do "Macho Alfa" todas as Xoxotas necessitadas de um bom trato, migram para o Rio de Janeiro, nessa época do ano.

Tendo o seu período fértil justamente nos dias de folia...

Xoxota é um nome bem legal, que alguém delicadamente educado inventou, certamente ele não falava vou mijar e sim vou fazer Pipi, e na juventude dizia vou Urinar, esse nome faz parecer que a perseguida é um inocente bichinho fofinho de pelúcia, vocês não acham...

Antes da programada viagem, um casal de amigos nada ortodoxo, sugeriu à eles uma terapia moderna e altamente relaxante que segundo a palavra amiga, iria ajudar na reconciliação...

Verinha sempre muita conservadora, se negou de cara em  ir, mas de tanto Aldo insistir acabou mesmo a contra gosto topando...

Entram tensos, mas curiosos em uma famosa Casa de Suruba aqui em São Paulo, que leva um nome moderno de Casa de Swing, para mim deveria se chamar Puteiro-Coletivo...

         Aldão chegou totalmente excitado e ela, totalmente tímida...

Mas... Uma hora, depois...

Ele ficou horrorizado, escandalizado com a desenvoltura da Verinha, e a sua fácil integração naquela promiscuidade toda que rolava no recinto.

         Esse lado pervertido dela nunca tinha sido revelado à ele antes desta noite.

Enquanto ela se divertia loucamente, naquela, Sodoma e Gomorra moderna, ia também, matando os preconceito e se libertando das várias encarnações de repressão sexual, que morava dentro dela.

Nossa... Foi foda... Véio...

Só às cinco horas da manhã, foi que ele conseguiu tirá-la dali praticamente à força, jurando nunca mais voltar naquela socialmente correta Casa de Swing.

Naquele momentos estavam ainda enebriados por terem atingido um nível de tesão confortável, deliciosamente livres e totalmente eróticos e sexuais, mas aos poucos foi caindo a ficha do Aldo...

E o seu lado latino, cristão e machão não suportou ter acabado de testemunhar o mega prazer sexual da Verinha, não sendo ele o autor e na posição de coadjuvante sexual...

O bicho pegou feio, mas tão feio que acabaram se separando...

         Verinha ficou arrasada justo agora que ela tinha descoberto o fio da meada do prazer...

         Mesmo com o passar do tempo, ela não conseguia esquecer o seu grande amor, teve vários sonhos eróticos com Aldo, esse amor ainda corria muito forte na veia.

Ficou na pista por um bom tempo chutando lata, a deriva em busca de respostas, até que um encontro inesperado entre eles na casa de amigos acabou acontecendo.

Lá pelas tantas já bem loucamente alcolizada, acabou aceitando a carona oferecida pelo Aldo, e a penumbra no estacionamento dentro do carro, ai galera, não prestou...

         Começou a troca de olhares e respirações ofegantes, vieram beijos tímidos no inicio, aconteceram abraços, pernas desgovernadas se encontrando no acolhedor e excitante momento.

Passaram a noite no Motel extremamente emocionados, trocando beijos que eram um verdadeiro sugador de almas, ajudando a subir o nível de excitação, entre apaixonadas juras de amor e criativas posições, pérolas de conhecimentos sexual  adquiridos na Casa de Swing.

         Tudo isso...

Culminou meses depois em casamento, com direito a valsa, bolo, champanhe, véu e grinalda, chuva de arroz e lua de mel em um quarto de hotel decorado com espelho no teto e cama redonda e música ambiente em Parati.

A mesma decoração Verinha fez questão de ter no quarto deles em casa, essa decoração acabou adicionando conforto e intimidade na noite do casal, que depois de uns drinques iniciavam as multitarefas, visual, tátil e física do sexo.

Aldo aos 69 anos e Verinha com 48 anos descobriram a verdade contida em cada um, essa verdade tem sabores e gostos  diferentes que levam ao próximo nível de satisfação.

Assumindo o rosto amado nas áreas mais intimas com suas maravilhosas diferenças...

         E pelo que me consta Aldo veio a falecer no ano passado e a Verinha, essa não deixou a peteca cair até hoje já está no seu segundo casamento...

                                                        Fim...



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