quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O Hotel Marina...



O Hotel Marina quando acende...

Não é por nos dois
e nem ao menos
lembra o nosso amor.
E o que diz a melodia "Virgem"
e também diz que...
As coisas não precisam de você...
As luzes do Vidigal brilham
e não precisam de você.
Mas quando
o Hotel Marina acende...
E a noite cai na orla 
só nos sabemos...
Não somos e nunca seremos
inocentes do Leblon.
Com o corpo despido
na luz da noite,
nos banhamos sem piedade...
Sensualidade e delicadeza
que se transforma num culto.
Aprendemos
que o mundo não gira
se não nós espelharmos...
Te vejo com outros olhos...
Aprendemos a ser quem somos
na incompletude
 e nos espaços íntimos
preenchidos com movimentos 
que circulam o nosso corpo.
Tudo porque
 e agradável deixar as ações
falarem em vez de palavras.
E a nossa forma de dizer
 sem grandes palavras eu te amo.
Afinal...
Quem precisa dizer eu te amo.
Se somos reciprocamente diferentes
 mas vivemos 
os mesmos sentimentos.
Todas as noites quando... 
O Hotel Marina acende
Eu preciso de você...


Por Alfredo Guilherme

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns, pelo uso da música "virgem" no texto ao contrario.É muito bom ser lembrado, ser importante para alguém.Sinal que algo fica,mesmo não havendo atitudes que prove que exite desejo,amor...

Anônimo disse...

Simplesmente maravilhoso esse poema de anor