Salve Jorge !!! O nosso Santo Guerreiro...
Que no sincretismo dos rituais afro-brasileiros ele é sincretizado como Ogum...
Tendo como seu grito de guerra... Ogum iê !!
É com essa saudação, que nos recebemos o Orixá Guerreiro...
Que vem sempre na frente, com a espada na mão, abrindo os caminhos e cortando as demandas.
Mas uma outra entidade, também tem uma grande importância...
Zé Pelintra... Entidade de luz...
Para os praticantes da crença sincrética denominada Catimbó, surgida na região do nordeste brasileiro, lá ele é considerado como um Mestre Juremeiro, comumente incorporado também na Umbanda como pertencente à linha das Almas auxiliando os desencarnados na dissipação material da vida anterior...
Seu Zé... José dos Anjos, é uma das versões sobre ele, que eu mais gosto.
Reza a lenda urbana que ele nasceu em Bodocó, no sertão pernambucano, de onde saiu ainda criança fugindo com a sua família de uma seca brava, terrível que assolava a cidade, foram parar na cidade de Recife.
Teve uma infância difícil depois de perder a sua mãe aos três anos de idade, cresceu então, no meio da malandragem, dormindo pelas vielas e becos do cais do porto, sendo menino de recados das prostitutas que lá faziam ponto.
Com o passar dos anos ele se tornou um negro alto, ágil e forte, sua vida era a noite, a sua alegria era as mulheres as quais tratava com muito carinho, e sempre presenteava com uma rosa a mulher do seu agrado, e com noites de um prazer inesquecível ao seu lado.
Outras alegrias, era o carteado, dados e as bebidas... Aguardente Cerveja, e Vermouth... Tomava todas sem acanhamento nas farras noite a dentro.
E com a sua alta estatura, e jogando capoeira como ninguém ganhou assim o respeito dos circunstantes...
A sua morte seria um mistério, aos 41 anos foi encontrado morto sem nenhum vestígio de ferimento.
Estiloso, ele é a transcrição arquitípica do malandro no seu modo de se vestir sempre representado elegantemente...
Trajando terno branco, com um lenço vermelho dobrado no bolso de cima do palitó, camisa de seda, que além de justificar o bom gosto, segundo o dito popular, a navalha não corta a seda nas brigas jogando capoeira, gravata vermelha, chapéu panamá com uma fita vermelha, seu sapato de duas cores preto e vermelho.
A sua roupa assemelha-se aos Zoot-suit, estilo de roupas usadas nos Estados Unidos pelos elegantes homens negros e latinos nas décadas de 1930 e 1940.
Sempre será reputado como um obreiro da caridade... E com certeza não deve ter gostado de ver a sua imagem vinculada a peça Ópera do Malandro e aos políticos e empresários ladrões que deveriam ir sem passagem de volta, Pra ponte que partiu ...
Não se preocupe, se por acaso ele for visto, com a sua bengala e o seu cachimbo usando camisa listada, em festas, bares, ou em lugares boêmios, como por exemplo os Arcos da Lapa...
Isso deu origem a uma simpatia urbana ligada ao Seu Zé...
Quem visitar esse que é um dos cartões postais do Rio de Janeiro os Arcos da Lapa...
E pronunciar bem alto o nome da pessoa amada, em baixo de um dos arcos, e se escutar o retorno do eco da sua voz... Terá eternamente esse alguém ao seu lado...
Salve Jorge....!!!
E que possamos merecer
a sua proteção e também a do... Seu Zé...
No amor, nos becos, nos bares
e pelas ruas na vida, também...
Um comentário:
Muito bom texto agora eu vejo com outros olhos esse personagem polêmico o Seu Zé...!! bjs
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