segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Desfolhando a margarida...


           Oh..oh !! Cupido o meu coração, já não aguenta mais...!! 
           Era assim que reagimos as surpresas do amor...

           E ser um “BV” (boca virgem) entre a turma era motivo de “bullying“  para mais de um semestre no colégio.

           Eu posso dizer sim que eram bons tempos, e como eram...
           Bons tempos para o amor, mesmo reprimidos pela rígida educação imposta pelos nossos pais, e nem por isso deixávamos de amá-los, bem diferente dos dias atuais.

           Hoje até a virgindade causa surpresa, parece um lance de pura caretice.
           No meu tempo assustava mas respeitávamos e não deixávamos a peteca cair.

           Com o andamento da carruagem tendo como destino o amor, rolava pelo menos um compartilhamento admissível de íntimos e bons sarrinhos, era como chupar uma bala de coco numa festa, sem tirar o papel crepom.

           Mas o legal...Era esse meigo mas afetivo momento de ver as meninas da minha pré-adolescência com essa flor nas mãos sentadas na porta de casa, jogando esse jogo bem das antigas de origem francesa...

           “Desfolhar a margarida” uma velha crença afetiva, na pré-existência de um futuro amor, no qual uma pessoa pretende determinar se existe ou não, mesma retribuição no mesmo objetivo do seu afeto.

           A pessoa que faz o jogo diz normalmente a cada uma das frases, alternadamente  "bem me quer" e "mal me quer", enquanto retira uma pétala de cada vez de uma margarida.

           A frase que for proferida na retirar da última pétala representa supostamente a verdade.

          Quem joga é normalmente motivado pela atração em relação à outra pessoa, para a qual recitava essas frases...

          A flor “Margarida” significa inocência, juventude, virgindade, sensibilidade, pureza, paz, bondade e afeto.

          Era...
          Bons tempos sim, de  “Effeuiller la marguerite“ (desfolhar a margarida) que eu trago na minha lembrança...


Um comentário:

Unknown disse...

Que legal!!! Já mais imaginei que essa brincadeira tivesse origem Francesa,fez parte da minha adolescência, e até pouco tempo atrás RS.
Foi motivos de muitas broncas, quando a vizinha descobria que as margaridas estavam sendo podadas RS. Fui longe agora... Tempos bons mesmos! Tempos da alegria sem motivos, da inocência, da ternura, do afeto, do respeito por nós e por tudo.
Sou a favor do progresso da evolução do humano, só não podemos perder a essência, para o nosso próprio equilíbrio.
Parabéns pelo texto!