Deixei
meus dedos se perderem nos seus cabelos, foi sedução pura, te beijar e sentir a
sua pele quente e úmida no colo, por entre seus seios, massagear, e sugar seus
bicos rosados e rígidos, te forçou a uma respiração ofegante seguida de um longo
suspiro de prazer, me levando a roçar seus lábios úmidos e quente com a minha
boca, beijar na sua testa suada, e o seu cabelo quase que querendo impedir o
beijo, seu perfume que se misturava com o seu cheiro natural que exalava por
todo o seu corpo como se fizesse parte do ar que respirávamos. Meu corpo
já entregue aos nossos desejos se concluiu, quando me segurou pela nuca e me
puxou para si. Rolamos até eu ficar por cima, aninhado entre suas coxas. Sorri
ao fitar a sua calcinha ainda presa em um dos tornozelos, precisaria ser jogada
fora, pois na ânsia de possuí-la eu acabei rasgando. Dane-se. Era só mais um
presente que eu adoraria ter que te presentear. E quem naquele momento ligava
para isso quando o amor da sua vida acabava de aceitar seu pedido de união
estável deixando a felicidade novamente renascer. Mas é claro que a vida e esse
ser mitológico que nos assusta. Foi legal, você ter ligado o botão do
foda-se por um passado de trinta e tantos anos de (felicidade), familiar, mas
sem ter o gozo de mulher na sua cama, pois era um território que não estava em
disputa, era penetração, e gozo peniano. Nunca, um momento igual a esse fez
parte da sua vida, considerado por você inatingível. Mas tudo
acontecia ali, enquanto seus delicados dedos dançavam sobre o meus grisalhos
pelos no meu peito, me fazendo devanear acordado, relembrando os momentos de
prazer. Você foi abrindo seus olhos aos poucos me olhando carinhosamente, tocou
o meu rosto levemente com a ponta das suas unhas indo na direção dos meus lábios.
Lembro que inesperadamente um raio de luz ofuscou os meus olhos,
era o diamante no seu anelar direito, que brilhava sob a luz do abajur, segurei
a sua mão dei um beijo delicado na pedra, olhando seu rosto e o seu sorriso doce, apesar dos traços visíveis de relaxamento mental que eu identifiquei me deixando mais e mais feliz.
- Você é perfeito – sussurrou você com a voz levemente rouca
dizendo – Nunca existiu um momento como esse antes para mim, além do gozo na
penetração e o gozo clitoriano, cheguei mais perto do paraíso do que eu poderia
imaginar.
- Você sim é perfeita – eu disse, aí me beijou intensamente,
quase que como um duelo de nossas línguas que buscavam uma à outra nos lábios
molhados, mesmo porque, o que mais poderíamos fazer naquele momento, além de
nos deixar mais "tesuados", do que já estávamos...
Relembrar esses momentos me ajuda a compreender como
podemos viver um amor fora das amarás, não podemos viver um roteiro
pré-estabelecido pela sociedade, que muitas vezes oprime, por isso eu quero
que o amor possa sempre, transbordar, para além das margens...
(Texto : Alfredo Guilherme)
2 comentários:
Parabéns pelo texto!
Para amar não há roteiro, vai realmente além das margens... além de tudo que se pode imaginar!
Acredito, que o desejo o prazer físico, vale a pena relembrar.
O amor realmente é alem do tempo, das imposições. O amor é livre sem amarras, qualquer coisa contraria é ficção.
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