quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Copo de cerveja…


No último copo de cerveja bebericando solitariamente, diretamente do umbigo de São Paulo, no cruzamento das avenidas São João com a Ipiranga, ainda com um baixo teor alcoólico, circulando pelo meu corpo, veio esse delírio que é a grande dificuldade de se desvencilhar definitivamente do passado …

      Temos que viver se renovando, se despindo dele, até de amores que tropeçaram pela escada ao tentar atingir o ápice da felicidade, no último degrau. Mas, como esse passado pode nos intimidar ?. Ele não pode, e nem deve ser deixado de lado, ele tem a sua história, sabemos ser impossível ter um simples final. 

        Em algum momento, basta um deslize de relance pelo passado e, já será o suficiente para o coração desejar ouvir essa canção do Vinícius de Morais…

Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amar

Desesperadamente 

Eu sei que vou te amar…

       Independente de um final feliz ou não, ela, a vida, é quem poderá resolver… Se encarregará de transferir o distanciamento, não, que isso seja uma substituição, pois nada pode substituir e, neste caso, se torna uma agregação.

       Ainda bem, que pelo menos podemos profetizar em sermos felizes, e com mais clareza poder pensar sobre a nossa própria trajetória, onde poderemos construir a nossa nova história.

       E não, ficar chorando o leite derramado….     Ao em vez disso, eu gritei bem alto !!.

      - Garçom !!! desce mais uma estupidamente gelada…

 

Texto Alfredo Guilherme 

 


2 comentários:

Dalidaki disse...

Meu simpático escritor, seu texto faz com que voltemos ao passado.
e realmente.não posso esquecê-lo, estará sempre presente em minha vida. Amei seu texto.
Você é bem versátil em sua escrita e muito realista.. Gostei muito
Parabéns.

Martinha disse...

VC tem razão meu blogueiro querido! Tudo que a gente viveu faz parte da nossa história e por ela e com ela é que a gente segue em frente abertos para trilhar outros caminhos, desembarcar em outros portos, ver o dia nascer ou o sol se esconder de um jeito diferente, viver um novo amor , ah e beber outra estupidamente gelada.