terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Mais se…

 


     Temos apesar da idade, a cada ano após o nosso aniversário, um novo capítulo pela frente, o meu vem sempre repleto de saudades, aí eu fico imaginando como seria o de outras pessoas esse capítulo? 

       O destino, não sei ao certo mais por muitas vezes pode nos levar as piores ações ante conjugais, e com isso acabamos tropeçando na covardia de tanta resistência vinda da nossa parte, mas será que tudo isso importa depois de um certo tempo?. O melhor é permanecemos na Vibe do que terá que ser será. Uma coisa é certa mesmo vivendo outras vidas separadas, mentes e corpos que erraram, se fazem apaixonar de amor por amor. Assim dizem os Poetas que usam e fazem desuso de papéis até que tenham o final de um poema. Na vida somos poetas emocionalmente assim dizendo, tentando escrever sempre um final feliz sem o desassossego de ressentimentos. 

      Diante disso, amanhecemos na utopia descortinada de que a felicidade pode nos banhar de águas claras e brisas impassíveis. É fato... Amantes se desarmam, ao despejar algumas lágrimas em troca de algumas boas lembranças. 

     O nosso corpo é elástico e achamos que é irrompível, mas o tempo de vida é um navio carregado com os nossos diversos momentos, que navega entre grandes ondas em um mar bravio, e se um dia vier a naufragar o que é absolutamente inaceitável por nós, teremos sim um voo de pássaro na fé, pairando em algum canto maravilha, sobre o olhar do Senhor… É nisso que eu acredito....Esse texto é apenas um momento de reflexão…

      Hoje eu acredito que o amor é o resultado de uma grande explosão cósmica de sentimentos dando origem para se formar uma magnífica lua. Pode até ser improvável, mas ela flutua solitária em nossa órbita cósmica. 

Por Alfredo Guilherme



segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Feliz ano novo…!!!!


 Alfredo Guilherme….

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

AmOrEs...



Por : Marta Solyszko


       De amores vividos, ou não.


      

      Desde cedo ela se apaixonou pelos homens, primeiro foi por um primo de quem ela ouviu que tinha o queixo da Grace Kelly;...  Depois pelo outro primo, boiadeiro, com quem ela sonhou que podia cavalgar por estradas e pastos, cabelos ao vento, em noites de lua nova, cheia, ou minguante, não importava muito o clarão da lua. Não chegou a sair da varanda de casa;...  Em seguida por um menino que vinha passar as férias na casa da avó e era doce a espera de onze meses em troca de quase nada; ... Aí veio aquele que estudava para enviar telegramas e desse ganhou um raminho de flores de laranjeira guardado dentro de um caderno qualquer até que se fez pó;...  Então veio o que se preparava para ser dentista e de longe o namorava sem que ele soubesse sua presença em todos os dias da semana. Dele ouviu a voz apenas uma vez numa noite de passagem de ano quando ela telefonou engasgada só pra dizer, Feliz Ano Novo!;...  Afinal chegou um concreto, de abraços e beijos múltiplos prometendo amá-la para sempre. Quase foi para sempre e nem sempre foram beijos e abraços. Sua ausência doeu quase que pra sempre e dele restou um pouco mais que lembranças de dias bons e outros nem tanto assim;...  Ainda um outro que a socorreu quando aprendendo a dirigir derrubou o muro da própria casa. Esse foi estranho e em pouco tempo trocou as roupas de príncipe, pelas de sapo e de tão concreto lhe fez doer a alma e o corpo deixando marcas de um tempo de violências em palavras ditas, em silêncios e ausências carecendo de presença quiçá de afetoQuando se fez presente deixou-lhe sementes que não puderam nascer, muito menos crescer e florescer. Foi um tempo de tristeza e dor;... Antes ainda, chegaram outros, o que segurou sua mão estendidos na areia da praia e juntos buscaram estrelas em uma noite de verão e aquele que roubado da amiga teve gosto de culpa e quero mais;...  E houve mais por um bom tempo;...  E outro ainda que antes do amor fumava um cachimbo ao som do Joe Cocker, You are so Beautiful. Sem explicação, logo de trocou-a por outras;...  E um e outro sem graça e sem paixão num sábado de solidão ou num domingo de chuva;...  Também um que prometeu muito afeto, pediu um dinheiro emprestado e lhe deu uma panela de presente de natal!;... Teve um que de tão proibido só deixou de lembrança a lateral amassada dos carros que se enroscaram na hora do adeus;... Também um que chorava uma namorada que não conseguia esquecer;... Teve um estudante que não sabia fazer amor e outro com beijo lembrando chiclete mascado;... Um outro que lhe ofereceu trocar todas as cortinas da sua casa, ela só aceitou um ramo de flores e uma caixa de bombons;... Aquele ainda, que na praia a noite depois de uma marijuana queria que juntos gritassem palavrões ao vento. Esse também se ofereceu para levá-la a um encontro para sexo grupal. Não aceitou e o amor que era pouco se acabou;...  Aí veio aquele como se cantava então “O maior dos meus casos, de todos os abraços o que nunca esqueci”. Durou pouco e só pra ela foi uma história de amor. História? Quem sabe foi mesmo. Um pouco pequena talvez, feita de instantes, horas curtas e poucas semanas. Ainda assim uma história. Desse a lembrança dos beijos vem misturada a um gosto de gim com tônica, o abraço, as conversas ainda moram numa caixinha da memória, os versos num envelope esfiapado e o tempo brinca de apagar e depois soprar umas brasinhas que podem nem precisar de muito vento pra virar uma fogueira. São apenas lembranças vividas com doçura pela noite e com assombro a cada nova manhã; ... Por fim...

      Um, que além de lágrimas trouxe risos, sustos, raiva, surpresas, esperanças, muita aventura, medo e extensões de vida. Esse durou muitos verões, esfriou em mais de um inverno, refloriu em algumas primaveras e se arrastou morno e caído por diversos outonos. Tudo caminhava pra ser o derradeiro, sem mais surpresas além de rugas tecidas enquanto dormiam, num arrastar de chinelos a contar dias e meses pra mudança do calendárioQuase sem sonhos possíveis e costurando os fios das memórias faziam projetos de caminhar juntos, de mãos dadas, falando de um tempo que não aconteceu, ou de um sonho que não sobreviveu. 

     Apoiados cada qual na sua bengala...









 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Um conto... Dança de salão...

 


            Rio de Janeiro, noite agradabilíssima neste começo de verão, bem, mas isso não é mais novidade para os cariocas. Dizem até que em noites enluaradas, se você tiver uns pixolés, no bolso pra gastar, e ficar em casa...  Tu virás lobisomem, o que é improvável... né... 

           E foi em uma destas noites quentes de Verão… Quando o ambiente no ponto de encontro para dança de salão na antiga Gafieira Estudantina, tudo estava musicalmente perfeito, com os casais que romanticamente dançavam um delicioso e nostálgico bolero, ao som da famosa Orquestra Tabajara... Aconteceu… um gaiato no salão chamou atenção de todos os casais 

            A dúvida foi só…um espirro ? 😬...
            Não, foi sim um, senhor espirro !!!... 

            E foi escandaloso, diga-se de passagem... Mas o que impressionou foi a pressão fora do comum das narinas do "gaiato" de onde saiu uma grande quantidade de micro-gotículas-bacterianas...  Só mesmo comparável a uma noite de garoa, no inverno paulistano.

            E não é que esse gaiato tinha nome e RG, de boêmio profissional, Rubinho, esse é o nome da criatura, passista da Estácio de Sá, nunca fez nada na vida a não ser dançar pelas noites cariocas, criado no Méier, ele mesmo se gabaritou como professor de dança de salão e acabou ficando mais conhecido do que cachaça no “metiê boêmio carioca”.

           Mas, naquela noite, com aquele “espirro”, ele ficou famoso por escorregar literalmente na parafina. E no bom sentido, até no, dois pra lá e um pra cá. Violando o respeitado "Estatuto da Gafieira" no Código Etiqueta, parágrafo 5, que diz: "Respeitar os limites com segurança de quem dança ao seu lado". E com agravante de ignorar as recomendações das Autoridades da Saúde, espirrar ou tossir, dançando em uma seleção musical no salão.

           Não deu outra… E foi um bafafá da porra!!!... Que desencadeou o  pânico geral, no final, em poucos minutos era saltos de sapatos quebrados, espalhados no salão, mesas fora de lugar, garrafas, e copos e cadeiras espalhadas pelo chão, até a Mulata Babi, Crooner da orquestra em pânico desceu escorregando com o seu avantajado bundão pela escada de saída indo parar já na calçada do lado de fora... Imaginem a cena... A coisa não podia ter ficado pior, mas ficou...

            Tudo porque alguém lembrou em voz alta no momento do espirro, e diante da ameaça do mortal vírus, Ling-Ling, o Coronavírus, que na ocasião já estava desembarcando livremente nos aeroportos brasileiros, e o safado lá em Brasília dizendo que era só uma gripinha…

            Justamente naquela noite eram na maioria idosos no salão, festejando os quase 100 anos do mais antigo frequentador da casa Sr. Lindolfo, que deu os primeiros passos de dança com a pioneira professora de dança de salão, a Senhora Maria Antonietta, isso lá no final dos anos 40. 

            Bem, os fatos seguintes são recorrentes com a dança…

            Silvana, adora o glamour do seu bairro, nasceu em berço de ouro e vive no bairro de Ipanema, que até hoje ainda idolatram a Garota de Ipanema, Silvana não deixou por menos a traição do marido Tavares, que usa uma tornozeleira eletrônica gentilmente cedido por um órgão público de segurança, depois disso tudo começou a desmoronar vindo à tona amantes e mais amantes uma delas ganhou com uma só trepada um carro okm e pra completar uma viagem com ele de 20 dias na França... Porraaaa !!!! A Silvana se embucetou... Botou o seu corpitcho bem sarado a serviço da safadeza, e por sinal ela não sabia o que vestir neste crucial momento pois nunca havia se vestido para trair o marido, e a ocasião não estava para rubis e diamantes... Mas ela teve um lampejo de astúcia. Safadamente embrulhou toda a sua gostosura em um minúsculo biquíni branco esquecendo até do adorno bovino na cabeça que ela acabava de ganhar do safado do marido. 

            Depois de rebolar por mais de quatro horas pelas areias de Copacabana, voltou frustrada para o seu apartamento por não ter dado em nada esse passeio de paquera, mas nem tudo pode só dar errado nessa vida, a noite ela recebeu um convite de uma amiga para participar de um sarau de poesia na praia, e foi nessa noite que ela conheceu um dos participantes que depois de ler uma poesia com uma voz de locutor de rádio F.M, fixou o olhar nela deu um gostoso sorriso, sentou ao seu lado, bastou poucos minutos de bate papo para ela se sentir atraída pela Vibe do astral do Gustavo, os dois se equilibram em uma energia muito forte, Silvana mesmo percebendo a diferença social entre os dois, não se deixou influenciar, estava nascendo ali um sentimento chamado amor, que ela tanto almejava, não titubeou, se entregou de corpo e alma e a periquita traída neste amor.    

            Hoje ela não quer mais ficar de fora da receita de sexualidade feminina que ela assumiu. Desnuda de vergonha ela nem disfarça, para as fugidinhas, ou escapadinhas estratégicas para usar todos os hormônios nessa receita sexual de imenso prazer ao lado do Gustavo, usa desculpas já manjadas de dentista, cabeleireiro, e compras no shopping e chá da tarde com as amigas, passa boa parte do dia trocando mensagens amorosas com seu amado. Adora frequentar a famosa casa de samba "Cariocando" no Catete, nas noites de apresentação de artistas de primeira linha, como Selma Rios, Guacira, Cátia Maria, Dil Mendonça, Gina Teixeira, Mário e tantos outros.

            E quando chega na sexta-feira, Silvana dá um perdido total no marido, só pra dar um confere lá na gafieira, rebolando e quebrando as cadeiras no salão… Tendo a condução na dança das mãos firmes do Gustavo, com muita malícia, ela chega a ficar colada no corpo quente de 1.85 de altura e de pura melanina acentuada de sedução do Gustavo, como ele também é conhecido na ala dos passistas da Vila Isabel...
            Onde lá na escola de samba, já tem muita mulher com um ciúmes danado, querendo colocar o nome dela, na boca do sapo.  

            Só que aí, nesse ínterim, rola o maior fuzuê, quando ela chega em casa, por  não atender as ligações do marido, ela diz que é só pra ele lembrar do abacaxi que ele se meteu pela traição conjugal.

            Silvana e Gustavo estavam juntos nessa fatídica noite dançante, do famoso "espirro", eles conseguiram fugir a tempo de uma possível contaminação bacteriana, Gustavo já estava achando ridículo morrer por causa de um espirro.  Aliviados, decidiram selar de vez essa união, partindo sem rumo definido para esticarem a noite juntos.

             Estavam vivendo o melhor momento de suas vidas, ela se sentindo a mulher mais amada da cidade do Rio de Janeiro...  Eternizaram essa noite entre beijos e abraços, sugados por esse amor, transbordaram de tesão, noite a fora, trocando de posições em cada gozo de intenso prazer.

             Silvana se sentiu uma personagem devassa da literatura, mas sexualmente viva, como pediria em uma de suas escritas o romancista Nelson Rodrigues, para um dos seus famosos livros. 

             E com essa tirada, ela percebeu que podia morder mais do que podia mastigar, se superando como mulher, ao levantar-se da cama pra se refrescar na banheira do Motel, gritou bem alto... 

             - Agora eu sei !!!

             - O que é ser feliz, seu... Cornoooo !!!! ...Adivinha pra quem foi esse sonoro grito de liberdade?...

             E se vocês quiserem saber... Silvana e Gustavo até hoje ainda se contaminam de amor quando as luzes se apagam, e quando também estão acesas, pelos bailes da vida...  


Texto Alfredo Guilherme

 



Com carinho um....

 


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Livro…


 


quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Da janela eu vejo o Pão 🍞 de Açúcar


        Só não vejo o Corcovado, mas sinto a emergia, lá é o ponto que contém todos os pontos do universo. 

       Perguntaram para o filósofo Albert Einstein, se ele acreditava em Deus, ele respondeu que sim, e que ele acreditava, porém no Deus do “Filósofo Espinosa”, olha que lindo que ele escreveu...

      Para de ficar rezando e batendo no peito.

      Eu quero que você saia pelo mundo canta se diverte desfrute de tudo o que eu criei para você, pare de ir a templos que você construiu e acha que é a minha casa, a minha casa está nas montanhas, florestas, nos rios nas praias onde eu vivo, eu não te julgo eu não vou te criticar, não me irrito e nem te castigo, porque eu sou puro amor. Portanto para de pedir perdão, não há nada o que perdoar, como é que eu posso te castigar se fui eu que te fiz, eu não quero que você acredite em mim, eu quero que você me sinta dentro de você, não me procure fora de você, não vai me achar, procura-me dentro e aí que eu estou, Deus está dentro de você...