Subjetiva por pertencer a uma família interracial.
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Eu sou a tela onde se entrelaçam As cores contrastantes de um passado ancestral. Meu pai, puro como o alabastro, Minha mãe, profunda e linda como uma noite de luar.
Na cor da pele dela, Brilha a história da resistência, Dos corações valentes que quebraram correntes, E ousaram desafiar a opressão.
No olhar dele, um oceano de privilégios, Que me banha com suas ondas brandas, Mas também carrega a lembranças amargas Das cicatrizes que o tempo não pode apagar.
Sou filho da negritude e da branquetude, Da colisão de mundos, da união de almas, Em cada traço meu, uma história se conta, em uma, Poesia entrelaçada em minha própria essência.
Não sou apenas preto nem apenas branco, Sou a harmonia de cores que se mesclam, A prova viva de que amor e a diversidade Podem se fundir e florescer em cada canto dessa terra.
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Reconheço as características distintas que cada um trouxe para a minha identidade.
Quero também destacar a importância da diversidade e do amor,
Na construção de uma sociedade mais inclusiva, e menos racista.
Na poesia… Sinto-me à vontade para refletir sobre todas as minhas emoções.
Alfredo Guilherme
3 comentários:
Sua clareza ao descrever sua origem, é tudo de mais sincero que já ouvi, li ou escutei!
Muito amor envolvido!
Parabéns!
Perfeito!!!👏👏👏👏👏🙌🙌
Meu escritor lindo. Suas palavras são com muita pureza e traduz tudo que se possa conhecer da união de dois seres que se amaram independente de cor. Dessa união saiu um ser maravilhoso que é vc. Parabéns
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