No silêncio das horas, onde o tempo desliza como um rio calmo, busco abrigo nas palavras para traduzir a efemeridade da vida. Permita-me entregar-me ao ritmo das emoções, pois é através da poesia que encontro refúgio e expresso a urgência de amar intensamente, sem pensar em futuros incertos.
A vida, tão curta e efémera, assemelha-se a uma chama que dança ao sopro do destino. No átimo de um olhar, uma história se desdobra, e cada coração pulsante é uma batida única. Acredito que, em meio a tantos mistérios, nossa busca reside em dar sentido a vida, eternizando momentos com a força do afeto.
Olho para o céu estrelado, e as luzes cintilantes sussurram histórias de almas que já dançaram pelo mundo. Cada uma partiu em seu próprio ritmo, alguns compassos mais lentos, outros em uma acelerada melodia. E, nesse encontro entre brevidade e intensidade, procuro fazer cada batida do meu coração pulsar em sintonia com a compreensão de que o agora é o único momento garantido.
Portanto, ama-me muito, sem reservas, como quem se entrega à melodia de uma canção sem preocupar-se com o último acorde. Permita-me enlaçar teu ser ao meu, traçando um caminho repleto de carinho e cumplicidade. Pois somente assim, juntos, poderemos transcender o efémero e desenhar um momento atemporal.
Que nossos olhos sejam espelhos refletindo a pureza dos sentimentos. Sem receios, atiremos de cabeça nesse turbilhão de sensações. O amanhã, que se foda, ele é apenas um horizonte distante, e a incerteza é a essência do que nos faz humanos. O que importa é que agora aqui, lado a lado.
Na poesia do momento, encontramos a libertação do medo, rompendo as barreiras que nos aprisionam em angústias infundadas. Nesse verso sem fim, viveremos o presente, tecendo memórias que se imortalizarão em nossos corações.
Não sei o que o amanhã nos reserva, nem se estaremos vivos para enfrentá-lo. Mas, nesse instante, renuncio ao controle do destino e abraço a plenitude do agora. A vida pode ser breve, mas também é um presente raro, e cada segundo vivido com paixão é uma obra-prima do universo.
Por isso, ama-me com a força dos vendavais, sem hesitar. Deixemos de lado as preocupações e os "e se". Afoguemo-nos no oceano dos afetos, rendendo-nos à maré dos sentimentos. Pois, se a vida é poesia, que ela seja uma epopeia de amor, sem fronteiras e limitações.
O relógio do tempo não espera, e a cadência dos segundos é implacável. Vamos amar como se não houvesse tempo, dançar como se o mundo fosse apenas nosso palco, e viver cada respiração como se fosse a última. Que a intensidade do nosso amor desafie até mesmo a efemeridade da vida.
Assim, quando as cortinas descerem e os holofotes se apagarem… Quer saber, que se foda !!! . Sei que poderemos sorrir ao perceber que nossa história foi uma canção de amor escrita em setecentas palavras. Ama-me muito, sem pensar em daqui a pouco, pois o agora é o único tempo em que podemos, verdadeiramente, ser imortais.
Por Alfredo Guilherme
3 comentários:
SENSACIONAL !!!!
Querido blogueiro, seu texto expressa às vezes delicada e outras mais agressivamente a verdade incontestável da nossa finitude e brevidade dos dias que nos são concedidos por aqui. Assim por que não viver esse tempo aceitando todas as oportunidades de experimentar o mágico e o encantamento dos amores que cruzam nossos caminhos? Amar como se não houvesse amanha pode ser a resposta para viver, como você diz, desafiando a efemeridade, pois que quem poderá dizer que o amor não é infinito enquanto dura?
Realmente e o amanhã que foda mesmo como vc bem disse amar e ser amada é o que importa nessa vida tão curta de vivencia
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