domingo, 14 de janeiro de 2024

Quando o samba perde seus mestres...


       Quando um sambista parte deste plano, na sua chegada….

     Ao adentrar o reino celeste, é acolhido por uma atmosfera de alegria, tem na levada do Quinho do Salgueiro, o grito de guerra ‘Pimba Pimba’, aí que lindo, que lindo!!!, o samba ressoa como hino da eternidade. Cercado pelos mestres do ritmo, e o pandeiro e o cavaquinho entrelaçam-se em acordes festivos, na roda de pagodeiros versando o melhor de suas criações.

     Clara Nunes, com sua voz celestial, saudando a chegada  com um sorriso luminoso, enquanto Cartola dedilha seu violão com maestria. Beth Carvalho, canta com afeto sincero, estendendo um abraço fraterno, enquanto o espírito do samba se manifesta através de Dona Ivone Lara, Candeia e outros gigantes, bambambãs do samba.

      As poesias das músicas dançam no ar, entrelaçando-se com a cadência dos tantãs, formando um manto de celebração e nostalgia. Mestres como João Nogueira e Jamelão compartilham contos do plano terreno, para a constelação de talentosos sambista que ainda reluzem intensamente.

      Na roda, torna-se parte de uma sinfonia divina, onde as canções imortais ressoam, transcendentando fronteiras. A chegada é celebrada como a união de almas afinadas pelo compasso do samba que é eterno, onde a poesia flui como um rio celestial. O samba vive perpetuamente, acolhido pela melodia da eternidade.

Na grandiosa celebração celestial do samba, outros imortais mestres se juntam à festa. Cartola, iluminando com suas melodias, são acompanhados por Nelson Cavaquinho, cujas cordas reverberam na eternidade. Almir Guineto, com sua genialidade, enlaça-se à roda, enquanto Wilson Moreira, com sua voz marcante, empresta sua cadência única à sinfonia celeste.

O esplendor do samba perpetuado é ainda enriquecido por mestres como Mário Sergio, cuja alegria contagiante ecoa no reino etéreo. Elizeth Cardoso, com sua interpretação única, contribui com uma aura de elegância à festa celestial. Adoniran Barbosa, com seu jeito singular, traz o charme do samba das ruas paulistanas para a música imortal.

A roda celeste amplia-se com a presença de mestres como Wilson das Neves, exalando vitalidade, e Bezerra da Silva, cuja destreza na malandragem transcende fronteiras terrenas. Assim, a constelação de sambistas imortais se entrelaça, formando uma sinfonia eterna, onde a riqueza cultural e a magia do samba brilham incessantemente.


Por Alfredo Guilherme



4 comentários:

Anônimo disse...

Alfredo Guilherme você transmitiu com maestria uma reverência e um carinho pelo legado desses artistas, sugerindo que sua música não apenas continua, mas também enriquece o panorama celestial, perpetuando a alegria e vitalidade do samba. Valeu!!!!

Anônimo disse...

Seu texto é uma celebração poética e emocionante da chegada de sambistas ao reino celestial e a evocação de figuras lendárias do samba conferem uma atmosfera de festa e reverência. Como sambista te agradeço pelo texto !!!

Anônimo disse...

Seu texto rico em detalhes, me transportei como leitor para um lugar onde a música transcende fronteiras terrenas. Parabéns pelo texto

Anônimo disse...

A roda de pagodeiros versando suas melhores criações poesias que com o som dançam no ar realmente é a sinfonia divina na continuidade do samba no plano celestial Samba que nasceu nas comunidades afro-brasileira na Pedra do Sal aqui no Rio de Janeiro com Tia Ciata, Donga, Pixinguinha e tantos outros baluartes do Samba. Salve o Samba brasileiro!!!!! Parabéns pelo texto!!!!