quarta-feira, 27 de março de 2024

Precisa tudo isso ??? ….

 


        Caraca !!!! vocês já repararam como o mundo da linguagem anda evoluindo rápido ?. Tipo, se você não fica de olho nas atualizações, fica perdido, igual a minha vovó tentando entender o que é "cis", e toda essa salada de letras que parece ter saído do alfabeto chamado “ chupa essa manga “vindo lá do Pomar do tio Zizinho.

        Então, senta que lá vem a resenha de hoje ! Imagina só você tentando explicar para a vovó o que é "cis". Primeiro, você solta o "cis", que quer dizer…e ela já olha para você tipo " Que porra é essa ?, me diz é um novo aparelho de surdez ?". Aí você tenta explicar: "Não, vovó, 'cis' é uma pessoa que nasceu com o sexo biológico feminino e se identifica como mulher. Ou nasceu com o sexo biológico masculino e se identifica como homem". 

        E ela ainda tá lá com a expressão confusa, tipo "Ok, mas isso tudo veio de onde? De Marte ?". Vovó !!!... É a mesma coisa quando a senhora escutava lá no interior as ‘parteiras’ dizendo, nasceu um menino homem, ou nasceu uma menina mulher.

         E aí você tenta explicar mais, que "cis" vem do latim, que significa "do mesmo lado". Tipo, você nasceu e ficou no mesmo lado que te designaram, sacou? Mas imagina a cara dela tentando processar tudo isso! Parece que está decifrando hieróglifos!

          E não para por aí! Tem uma lista interminável de termos novos, cada um mais complicado que o outro! É, "não-binário", "genderqueer", “trans”,” sapoisexual”... E ainda tem aquelas siglas gigantes que mais parecem senhas de banco!

          Então, se algum dia vocês se encontrarem em uma conversa com a vovó sobre essas coisas, só peço uma coisa, tenham paciência, porque explicar para ela que "cis" não é nenhum novo aparelho de surdez ou um novo modelo de fogão, ou até um santo remédio para pressão alta, e isso pode levar um tempinho!

            Por Alfredo Guilherme 


segunda-feira, 25 de março de 2024

Crônica: No imaginário...”Fab For” é a Garota de Ipanema…

 


        No cenário efervescente dos anos 1960, onde a música era o elo entre as almas inquietas e os corações apaixonados, algo extraordinário aconteceu em uma tarde ensolarada na praia de Ipanema. Enquanto as ondas acariciavam a areia dourada e o sol dançava no horizonte, uma melodia diferente pairava no ar.

        Era o som dos "Fab Four", (quatro) os lendários Beatles, que, envoltos pela brisa tropical, decidiram homenagear a beleza da música brasileira e a escolhida foi “Garota de Ipanema” a segunda musica mais ouvida, ficando só atrás de Yesterday, com sua música e ritmo inconfundíveis. John, Paul, George e Ringo misturaram seus acordes com os versos suaves de Tom Jobim, e Vinícius de Morais, criando uma sinfonia mágica que ecoava pelos coqueirais e cativava os corações dos que ali estavam presentes.

      Mas a surpresa estava apenas começando. Do outro lado no calçadão da praia, o maestro Tom Jobim, ao piano e a voz poética de Vinícius, deram musicalmente uma resposta criativa e respeitosa, decidindo retribuir a gentileza. Com sua genialidade musical, eles revisitaram as icônicas canções dos Beatles, transformando cada acorde em uma reverência à energia contagiante da juventude e à atmosfera vibrante daquela época única.

E assim, entre acordes de "Garota de Ipanema" e melodias dos "Fab Four", a praia de Ipanema se tornou o palco de um encontro transcendental entre culturas e gerações. O som mágico se estenderam até o cair da noite, embalados pela fusão harmoniosa entre o som dos Beatles e a bossa nova brasileira. E ali, sob o luar cintilante, a música uniu os mundos, celebrando a diversidade e a magia da criação artística. Entre os acordes de "Here Comes the Sun", (Aqui Vem o Sol ) sinto o calor do dia, A batida suave de "Something" ( Algo), nos faz querer dançar na brisa fria, Em "Across the Universe", ( Através do universo), a sensação de voar além dos céus, cada verso de "Let It Be" ( Deixe estar), nos acalmaram, como um abraço dos deuses.

Mas talvez tenha sido em "In My Life" ( Na minha vida), que eu encontrei a conexão, para esse imaginário.



Por Alfredo Guilherme

domingo, 17 de março de 2024

Na suave luz do abajur…




              Na suave luz do abajur dançam pelas pelas paredes, sombras de corpos amantes em um mundo que pode ser chamado de seu, onde o tempo se estica e se dobra ao ritmo da paixão. Com os corpos entrelaçados, como notas em uma sinfonia amorosa, esse é um encontro mágico, onde cada toque é uma promessa de eternidade amorosa.

        O olhar, ardente e profundo, mergulha nos oceanos dos olhos do ser amado, encontrando lá a paz que tanto buscamos. As mãos, ágeis e delicadas, exploram cada centímetro da pele que anseia por mais carícia, e é nesse toque que descobres o segredo da entrega total.

         Os suspiros e gemidos que escapam dos lábios são melodias de prazer, ecoando pelas paredes como uma canção sagrada. E no calor da paixão, te perdes nos labirintos do desejo, guiada pela dança hipnótica dos corpos que se entregam sem reservas.

        Cada palavra com liberdade pelos desejos, não dita é uma declaração de amor silenciosa, que se espalha pelo ar como um doce perfume. E quando enfim te entregas ao êxtase do momento, descobres que o amor verdadeiro não conhece limites, dentro do tempo e do espaço, e é nele que se encontra a morada mais sagrada dentro de quatro paredes onde os corpos se unem em uma dança eterna de amor e entrega.

    Por Alfredo Guilherme 




sábado, 16 de março de 2024

S.O.S … Mar…



         No mar vasto e profundo, onde as ondas dançam ao ritmo do vento, uma sereia solitária agora vive. Seu cabelo outrora reluzente como os raios do sol, agora emaranhado em redes abandonadas e resíduos plásticos. Seus olhos, outrora brilhantes como pérolas, agora refletem a tristeza de um oceano agonizante, ela envelhece.

     Ao lembrar dos dias de glória, quando nadava entre recifes de coral e brincava com os peixes coloridos. Mas esses dias foram substituídos pelo silêncio dos corais mortos e pela solidão que a envolve como uma névoa triste.

     A sereia lamenta pela sua casa, agora poluída e sufocada pelos resíduos da humanidade. Ela sente a dor de cada criatura marinha que sofre com a contaminação e a destruição do seu lar. E enquanto as águas escurecem e o ar se torna pesado com o cheiro de óleo derramado, ela se pergunta se algum dia o mar voltará a brilhar com a pureza e a vida que um dia conheceu.

     Mas mesmo em meio à desolação, a sereia mantém uma chama de esperança em seu coração. Ela acredita na capacidade do ser humano de mudar, de se redimir e de proteger os tesouros que o mar oferece. Enquanto isso ela canta suas canções de lamento, e também de amor pela renovação, na esperança de que um dia o mar será curado tendo a sua beleza restaurada.


    Por Alfredo Guilherme