O amor, quando vivido de forma intensa, transforma cada toque, cada suspiro, em poesia. A pele encontra o calor da outra, e o silêncio se preenche de sentidos, como se o próprio corpo conversasse em uma linguagem secreta. O desejo percorre seu corpo como um rio, sem pressa, fluindo entre carícias que falam mais que palavras.
Há uma coreografia natural na entrega ao amor. Os lábios, macios e famintos, depois do beijo, deslizam pelo corpo do outro como quem busca um ponto certo de prazer, que já é familiar. O calor dos corpos queima é o único fogo que importa, e o tempo, que por um momento, parece se curvar, fazendo de cada segundo uma eternidade.
Os movimentos são lentos, como se ambos soubessem que a verdadeira beleza está na descoberta, na paciência de explorar cada curva, cada gemido que escapa. O mundo lá fora deixa de existir, e o universo se reduz a dois corpos que se entregam ao prazer.
E quando o ápice chega, não é só o prazer físico que toma conta, mas uma sensação de união profunda, onde os limites entre um e outro se dissolvem. O amor se completa no toque, na troca de olhares intensos e no silêncio que se segue, onde o corpo descansa, preenchido pelo que há de mais puro, a entrega total.
Por Alfredo Guilherme
3 comentários:
Sedutor essa postagem valeu !!!!!!!
A profundidade e o compromisso surgem quando nos dispomos a cultivar paciência, compreensão e respeito, permitindo que o amor cresça em novas formas de se entregar bom texto poético ...
Parabéns amigo pelo texto
Postar um comentário