No início de um relacionamento, tudo é lindo, lindo, parece o frescor, de uma manhã de primavera. Há mensagens inesperadas, longos encontros de olhares, aquele jeito especial de segurar a mão no meio do nada. Porém, com o tempo, o amor também desenvolve suas rotinas. Não que isso seja ruim, são os hábitos que criam conforto, no lar do coração do outro. Mas e quando esses hábitos começam a pesar, e a emperrar a engrenagem do amor? Ou seja aí já começa a dar merda !!!
Os hábitos do amor, como os da vida, nascem da repetição. Ele sempre esquece a cueca molhada no chão do banheiro, e ela sempre reclama, isso já virou tradição. Ela tem mania de mexer no celular assim que deita na cama, deixando o clima para o sexo derrotado, ela durante o jantar é uma garfada e uma olhada na tela do celular, ele, coloca o som alto vendo aquelas idiotices no Instagram, enquanto ela tenta assistir à série preferida. Pequenos rituais, às vezes irritantes, que dão o tom da convivência.
O problema é que o amor exige elasticidade, um jogo entre constância e renovação. E, quando os hábitos cristalizam, o relacionamento pode se transformar em um quadro fixo, onde os movimentos deixam de ser espontâneos para seguir um roteiro previsível. "Eu já sei o que você vai dizer", se torna a frase mais frequente. Um presságio triste de algo que um dia foi cheio de surpresas.
Mas o mais interessante é que, assim como os hábitos se instalam, eles podem ser mudados. Claro, não é fácil, mudar o curso de uma rotina é como remar contra a corrente. Mas é possível. Para isso, é preciso primeiro enxergar o que se tornou automático. Parar. Observar. Respirar.
Na prática, mudar os hábitos do amor é como reorganizar os móveis da casa, no início, você tropeça, sente falta do antigo, mas logo percebe que o novo espaço abre caminhos inesperados. E pode começar pequeno. Ele pode lembrar de comprar flores num dia comum, sem motivo. Ela pode guardar o celular durante o jantar e olhar para ele como fazia no começo. Pequenas revoluções que trazem o frescor de volta.
Mais importante, porém, é a vontade de mudar não apenas pelo outro, mas pelo bem do amor. Porque, no fim das contas, o que todos buscamos é um tipo de rotina que acolhe, que nutre, mas que também permite crescer. O amor que vale a pena é aquele que se reinventa, como uma dança em que os passos nunca são os mesmos, mas o ritmo nunca se perde.
Talvez o segredo esteja aí, não lutar contra os hábitos, mas aprender a dançar com eles. Ajustar, moldar, deixar o amor fluir sem engessá-lo. Porque, no fundo, amar é isso, um movimento constante entre o velho e o novo, entre o conforto e a aventura, entre dois corações que aprendem, dia após dia, a construir juntos uma rotina que valha a pena.
Por Alfredo Guilherme
6 comentários:
Acontece mas maioria das famílias 👏👏👏👏👏 😀😀😀😀
Vc misturou humor e uma boa dose de realidade, valeu…!!!!
Ler o texto pode reacender o brilho que havia no começo parabéns!!!!
É nossa realidade infelizmente mais no amor tudo é válido!!!!
É uma verdade que só é superada com muito amor Parabéns muito importante se pensar nisso com carinho
Parabéns vc é demais 👏👏
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