segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Insuportavelmente feliz...

          O que fazer quando se tem...


Apenas uma hora de folga, antes de pegar o voo de volta pra casa, após uma reunião que acabou não tendo o esperado resultado, acho que na verdade não era o meu dia para negócios.


         Em uma hora eu organizo tudo, tomo banho, me arrumo almoço e chamo o Uber, para me levar para o aeroporto.

O que fazer então com este singelo presentinho inesperado chamado... Uma hora insuportavelmente feliz para você se divertir.



Ou eu ficaria na piscina no último andar do hotel apreciando umas e outras bundas muchas das gringas, hospedadas no hotel, ou ficaria curtindo uma paisagem  de tirar o fôlego, tomando umas e outras cervejas estupidamente geladas...

Ou fazer o que eu fiz algo maravilhoso com o tamanho do tempo disponível que eu tinha.

Sai porta a fora do hotel, ridiculamente alegre, mas tão insuportavelmente feliz, que vocês nem podem acreditar...

Eu estava estupidamente radiante à duas quadras da praia com o sol a pino e céu de brigadeiro, andando por pessoas alegres leves e animadas fazendo o mesmo que eu, indo em direção da praia.

Eu estava profundamente obcecado pela missão de ser exorbitantemente feliz naquela, uma hora que me sobrou.

         Na praia, pedi a um rapaz da barraca uma cadeira e um guarda-sol, que lá eles chamam de barraca o nosso conhecido guarda-sol, bem de frente ao mar, longe de uma galera barulhenta que além de falarem muito alto ainda escutavam sertanejo brega em alto e bom som.

Pedi uma água de coco, e fui logo misturando o meu whisky, da garrafa metálica de bolso, para da um tempero mais quente, nesse hidratante de coco sem graça, pra cacete, e completando o meu tempero de praieiro, eu estava usando a minha sunga branca, tirando onda...

         Eu ouvi dizer em algum lugar, que essa cor traz enorme contentamento para o espírito, e um volume frontal irresistível para o olhar feminino.

Deitei a cadeira observando o céu com algumas gaivotas que voavam baixo surfando as ondas com maestria, mas ainda não era isso o ideal, ainda estava rodeado de pesadelos particulares naquele momento, e para ser feliz, eu tinha que entrar no mar...

Só queria usufruir daquele momento, quando chegou do nada alguém, uma figura feminina muito bem aventurada... Pedindo para eu olhar um minuto as coisas dela, para ela  dar uma cobertura refrescante da água do mar no seu corpo... Caraca... Depois da visão traseira dela indo em direção ao mar...

Tive que colocar sal embaixo da língua, a minha pressão caiu... 

         E o meu celular tocou...

- E aí brother, cadê você? O que tá rolando aí no Rio 40 graus...

- Puts, cara no momento estou investindo em um recheio  delicioso dentro de um biquíni.

- To ligado, meu brother, aposto que parou geral apreciando umas e outras bundas cariocas, se não é a melhor e uma das mais lindas bundas deste planeta, eu gostaria de ouvir os bam bam bans de "Harvard" sobre o assunto...

- Gostou, né malandro, no momento eu estou com o olhar oprimido na circunferência exuberante e rígida desta bunda, que me rodeia, estou assombradamente feliz, meu brother... Já te ligo em seguida, ok...

Nesse instante chegou a Marina, de volta do mar molhadinha, deixou cair uns pingos gelado de água no meu rosto enquanto agradecia com dois afetivos beijinhos no meu rosto, em seguida pediu para eu acender o seu cigarro, juro me arrepiou até o mais sensível pelinho do meu...  .'. !!!

Trocamos olhares pecaminosos e safados senti ali naquele momento que seria o meu dia de... "Foda-se ser fiel" que já não é, essas coisas, e diante dos fatos não poderia a dar outra.

Parti para o que eu via de bom, e o que poderia acontecer, seria ainda muito melhor.

         Apaixonado pelo carioquismo... Esse fenômeno linguístico gostoso de se ouvir, troquei o que podemos chamar de uns segundos de papo. 


- Tá fazendo muito calor hoje...
Ela - Ué você, não gosta ?...
- Gosto sim, eu acho esse tempo da hora, um barato...
Ela - Então... Boralá, cair no mar... E aí, 'cê topa?…

Nem precisou falar duas vezes e lá estava eu... 

Aconteceu risos, abraços apertado, biquinho do seios durinhos encostando no meu peito, beijos loucamente molhados, no balanço generoso do mar, mas olha o que a história me reservou e a mitologia grega também naquele momento...

         Perguntei ao Bacco, ele não respondeu, ai me lembrei do que o Elvis cantou...

         A little less conversation a little more acton ... Please.  (Um pouco menos de conversa um pouco mais de ação... Por favor...).

         E nessa, e eu cai geral pra dentro dela, sentido algo quente que me sugava me levando a um prazer inigualável, no gozo moleque, naquele mar gelado de Copacabana.

         Ter o espírito "Deixa a vida me levar" no Rio, tem as suas vantagens e desvantagens... A vantagem é clara, é poder saber que a qualquer momento você pode viver algo inusitado, a desvantagem no meu caso, é que eu moro em São Paulo e sabe lá quando iria reviver um momento top, como esse. 

Mas quem vive em um país, como o nosso...

Um país tropical, que é o lar de muitas praias, e Sampa, têm praias lindíssimas, por todos os lados... Vai na Vabe, no que diz...

Fernanda Brandão que coloca desta forma: "Em um país onde sempre é verão, e é a casa do Samba, tenham sempre um modo saudável de lidar com seus próprios corpos simplesmente".

E foi o que eu fiz, to errado ?? Se estou... Foda-se porque você faria a mesma coisa se estivesse no meu lugar... E quem achou isso uma atitude masculina condenável, é por que não acompanha os bons blogs feministas na net... 



Por Alfredo Guilherme

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