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O morro... !!!
Malandramente se protege.
No axé e na batida do atabaque.
Inspiração para compositores no enredo criado no subúrbio.
Hoje e sempre marca o ritmo no repicar do couro.
Levando inspiração que encanta na Sapucaí.
Na cidade ele cola por detrás da paisagem dos arranha-céus, virando
personagem decorativa de cartões postais.
Maquiado socialmente com o nome de comunidade.
Já não se aceita mais ser chamado de favela.
Veio um, e subiu outro, que trouxe um outro, que reuniu, netos e
filhos de africanos, nordestinos, capixabas, cariocas sem era e nem beira, e
outros tantos...
Aí tudo começou...
No chão batido, surgia paredes de madeira reforçadas com bambu.
No esforço trazidas lá de baixo.
O barro fechou os buracos.
Não pra tapar os raios do sol.
Mas para se aquecerem do frio.
No teto, o sapê amparava os pingos da chuva.
Enquanto lamparinas imitavam estrelas no alto do morro.
Enquanto lamparinas imitavam estrelas no alto do morro.
Visto assim do alto, como foi cantado em versos de uma linda
melodia, ele foi ignorado por uma sociedade alheia, mas agora consciente e temerosa.
Eu imagino que naquele tempo era bem melhor do que hoje...
Mas, não poderíamos deixar isso acontecer, confinar o ser humano.
Na esculhambação agora ter que aguentar
hóspedes itinerantes armados e perigosos.
Turismofobia...
Nem sei se ele aceita o “human zoo tur”, de turistas encantados.
Conhecer e celebrar a sua cultura e os seus personagens, assim
hoje ele ganha status do dever cumprido.
Aos que olham para ele com a alma carioca.
Valei me Deus... O Morro !!! Tem sim, a sua vez...