sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Nestes tempos loucos...

        

         Meu primeiro encantamento nessa nova era foi com essa perspectiva de um lugar de descanso e acolhimento, e não podia ser outro lugar a não ser a nossa casa.
        Que, de uma hora para outra fomos conquistando e virou um espaço confinado de recriação.
       Coisas mais incríveis aconteceram nesses novos tempos...
       Uma delas foi com a minha amiga Celinha...
      Um tanto quanto a cima do peso...
          
      E com  uma barriguinha, saliente mas indesejável segundo ela, por culpa da pandemia, ela no sacrifício da curiosidade colocou um espelho no chão para conhecer mais intimamente o seu sexo que agora garbosamente usa um montante de pelos cacheados... Estilo anos 40 e 50, que na época era o que dava muito tesão aos homens... Não me perguntem como eu fiquei sabendo que eu negarei de  junto que foi o ex dela quem me contou...

     O novo tempo... Apesar de ter sido produzido para um contexto totalmente diferente hoje as reflexões provocadas sobre expectativa do futuro refletem de maneira profunda nas angústias despertadas pela pandemia.

    Quando eu falo sobre isso eu fico incomodado.
    Nunca imaginei em ter que lidar diretamente com essa situação que estamos vivendo e ela é real, situações que só presenciávamos nas tela de cinemas nos filmes de ficção científica.
    Hoje somos nós os personagens que enfrentam os seus semelhantes, como sendo cada um o inimigo mortal, que pode nos contaminar e até nos levar à morte.

    Mesmo que por razões distintas, acabamos relaxando retirando a máscara em vários momentos, e depois ficamos após o fato ocorrido, como diz um sábio amigo meu, com o fiofó na mão de medo de ter sido contaminado. 

    "Ninguém está a salvo"... Até que haja uma santa vacina... Essa é a cruel verdade...
    Só não caímos em depressão... Por que existe uma razão clara, o nosso setor criativo de sobrevivência que tem um papel central no processo de reimaginar o futuro.

    Não podemos tratar o próximo como se fossem uma massa de vírus infectante ambulante. 
    Mas podemos e é o nosso dever ficarmos atentos e mantendo distância usando a já tão companheira do dia a dia a nossa máscara pra não dar merda.

    Eu tentei contar um pouco de como me sinto, meu lado da história...
    E você deve ter o seu lado da história, também deve estar tentando uma vida nova, deixando muitas coisas que fazíamos e era normal para trás... A sobrevivência é fundamental nestes novos tempos.


 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Oxóssi....

            

          Certo dia estava fazendo uma oferenda para Oxóssi, um orixá ecológico.

          O senhor das matas, conhecedor das trilhas... 
          Era domingo de tarde, uma rua calma numa ladeira na zona nobre de São Paulo, ao lado do Parque Trianon, na Avenida Paulista.
          O sol de primavera fazia o seu serviço entre as copas das árvores.
          Eu, no meio daquela tarde ensolarada, colocava frutas debaixo de um pé de Jequitibá, como parte do ritual.
          Era só isso que eu tinha que fazer. 

          Quando, de repente, enquanto eu cantava baixinho...    
          “Oxóssi filho de Yemanjá, divindade do clã de Ogum...” 

           Ia passando um carro... E o motorista diminuiu a velocidade parando para me observar.
           Não satisfeito, manobrou de modo brusco o carro na minha direção colocou o seu rosto pra fora da janela olhando diretamente na direção da oferenda e em mim também.  
           Não olhei para ele, da janela aberta do carro, ele me lançava um olhar ostensivo. 
           Quem me trouxe essas informações foi a minha boa visão periférica. 
           Em nenhum momento olhei diretamente para ele.
           Percebi... 
           Sua energia negativa no seu olhar que não era nada discreto. 
           Querendo me intimidar? Pensei comigo, quem seria esse filho dá mãe ?
           Eu nunca teria coragem de ter essa atitude, curiosa mas por demais desrespeitosa, com religião nenhuma.
            Já passei em frente a vários cultos, conheço muitas manifestações de fé e não me ponho diante delas para desrespeitá-las.
            Acho até bonito alguns ritos.
            Não sei se pensei isso na hora, só sei que fiquei puta da vida, naquele momento comecei a cantar e a bater palmas, e a rodar em volta das frutas.
             E a cantar em um tom de voz bem alta.

             "Corre Macumba, agora...
             Pega senhor curioso antes que ele vá embora.
             Cega o zoio dele agora.
             Corre Macumba, agora, deixa o senhor curioso broxa agora...

             Ao que o homem escutou, arregalou os olhos, partiu em disparada.
             Acho até que ele entrou na primeira agência de viagem que ele viu, para comprar uma passagem aérea para a cidade de Salvador para tirar a "orucubaca" que supostamente eu coloquei nele, na famosa igreja do Bonfim.

             E fantástico o número de pessoas que vivem entre macumbeiros, ou seja, aqueles que vão à umbanda, ao candomblé.
             Participam de rituais...
             Para salvar empregos, casamentos, doenças e tantos outros perrengues da vida.

             E depois, em grandes reuniões familiares, e nos grandes salões de festas ou sob os chapéus suntuosos nas corridas no jóquei.
             Declaram publicamente, entre os amigos de champanhe e caviar, a sua fé é nos santos católicos...
             Fala pra mim... Você não é um desses ou é...

            Que jura de pés juntos que nunca tomou um passe no Centro Espírita. 



terça-feira, 6 de outubro de 2020

Insana atitude lírica...

 


            Um sem o outro ... Difícil né...
            A separação aconteceu... ?, mas esse amor, ele é como o gelo da Antártica, que não se separa, lógico, isso antes do aquecimento global...
            Sei que quando o romance fica meia boca... 
            Se colocado num isopor recheado de cerveja, só serviria pra esquentar a cerveja.
            Do que serviria esfriar uma lata uma boca uma garganta.

            Se tudo está quente lá fora.
            Se estamos queimando, não é só esse fogo da paixão dos amantes.
            O que nos queima, mesmo, como o ouro na forja, é o sol desse clima louco.

            Esse amor vai ser contemplado com indiferença, ninguém vai se importar em demasiado com a atitude de vocês.
            Ou dirão algo como ... Que merda... Que pena como se fosse algo alheio a felicidade.

            Porque você não é ouro e ele muito menos a forja. 
            Se queimarem esse amor...
            Amanhã a reflexão será essa...
            Valeu a pena ?... Termos tido essa atitude lírica...

            Lute pelo seu amor...
            E viva ele intensamente amigas e amigos...!!!!