POR NIETA...Meu amor... Ainda assustada com sentimentos desconhecidos mas com tempo para expô-los em palavras.
A primeira que brota é agradecimento...
Por viver e me regalar com isto.
As outras...
Que não possuem nem a paz do tempo, nem a calma da convivência.
Aparecem também meio ainda enroladas na saliva da tesão e no caminhar das mãos.
Tempo demais para pensar nestas delicias e acalmar o corpo.
Horas, dias passados devagar.
Gotejando, medos arrepios e espanto.
E ainda caminhando pela poesia...
Me ponho a pensar...
Que cada dia...
Que andava em frente ao mar.
Eu agradecia, oportunidade e respirava consciente desta magia.
Fruindo em mim parei, muitas vezes para deixar as ondas passarem em mim.
Algumas vezes fisicamente outras só no pensamento.
Agora presa em casa...
Vou gastando um pouco de emergia e beleza interiorizada.
Ainda repleta de sol, sal e contentamento.
A como é linda a poesia...
Para mim é paz...
É tudo que a beleza traz.
A natureza em sua forma tão perfeita.
A aceitação dos limites pelas ondas.
A resistência do rochedo e o gozo satisfeito das areias.
Estou sentada na beira do mar.
Cada onda que quebra parece um evento, de fogos de artifício.
Em cada uma me enfio em pensamentos.
Sinto a força passar pelo meu corpo...
O sal no meu rosto, o emaranhar nos cabelos.
De olhos abertos deixo está forma, força, vida, me possuir.
Os respingos no meu rosto e evento na minha pele.
Me chegam como o prazer irreprimível.
E ainda na poesia...
Um dia...
As vezes, nem mesmo um dia.
Dia que não me conheço.
Noite que não adormeço.
O corpo querendo corpo.
Querendo o que não podia.
Devia dormir depressa.
Antes que amanheça o dia.
Finalizando...
Poesia só diria...
Uma forma de expressar como uma cantoria.
De um cordel jugular.
Que se apropria, formatiza a forma de pensar.
Como escrever pausadamente este amor larvas ardentes.
Brotando sempre a pulsar.
Como acalmar o espanto, refrescar o gozo ardente do corpo a se derramar.
Viver o momento sem folego.
Momento coração batendo do corpo querendo saltar.
Cansaço do contentamento uma dolência indecente...
Que sempre quer recomeçar.
Um comentário:
Esse é o meu poeta preferido arranca palavras,eencaixa de uma forma que é capaz de fazer um coração adormecido saltar do peito e dar alegria a todos que sofrem com a lentidão do tempo que com certesa ninguém queria que fosse assim, todos movido pela incerteza, que nos faz sonhar,e nas noites vazias contemplar no pensamento o céu o mar às estrelas, e o sol despontar no horizonte depois de uma longa noite...IDF
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