Õ Sorte...!!!!

         

      Uma história de amor, que um velho amigo, me contou e eu vou contar pra vocês... E foi assim...

      Sabe Alfredo...

      Está tarde aconteceu um brilho intenso com o pôr do sol. Que acabou por ofuscar os meus olhos.

      E foi nesse exato momento, que eu analisei a minha íris, comparei com imagens de hoje, com as do passado.          

      Caramba, como o tempo passou rápido...

      De repente estou aqui atravessando sentimentos de outrora entre um gole e outro de um saboroso café.

      Ô Sorte a minha.!!!! Ter vivido com o meu terno de cambraia, noites maravilhosas no salão ao som da Orquestra Tabajara, amava quando ela vestia um negro vestido com decote enviezado, e me embriagava com o seu perfume, era a minha mulher, que na mumunha do salão, espalhava a sua luz.

      Ficou a saudade, que no desprazer de uma falsa alegria, que ainda bate no peito, calado, o que um dia foi um amor de verdade.

      Nosso amor se acentuava no apogeu da nossa juventude. 

      Pensávamos, que íamos nos eternizar, nesse sublime amor, por onde o vento passasse. 

      Envolvido em uma grande “babel”, ouve desfeito final, até hoje eu acho que foi uma peça que o destino escreveu.

      O mar, no olhar de quem perdeu um grande amor, não vai além do horizonte.

      Não queria escrever dessabores, e nem esquecer em qualquer botequim o tom mel dos olhos dela.

      Se alguém me perguntar por ela, eu desvio o olhar e saio pelas beiras, me escondo na tristeza que eu ainda carrego no canto da cama vazia, ainda preservando o lado dela em meio às brasas e cinzas desse amor.

      E é nesse lero lero, sem perder a velha e boa malandragem dê outrora, eu vejo uma luz lá no fim, e vou deixando de carregar no ombro esse peso do passado. 

      Cruz credo, credo em cruz, não quero morrer dizendo amém no desdém de um amor.

     Mas... Se ela me chamar por amor, eu vou...

     Que Deus me defenda e não me desampare, nessa hora...