terça-feira, 19 de julho de 2022

O que está faltando...

         

          Falta saber esperar...Porque não queremos mais outra coisa senão os finalmente, textos e gravações longas no WhatsApp, caraca nem pensar, filmes longos também não, conversas longas piorou, o próximo episódio da série, não aguentamos esperar, passamos o dedo tão rápido na tela do celular pelas postagens do Instagram, Facebook e no Tik tok, que se tivesse uma maratona de dedos, eles teriam pique para ir daqui até a China de boa pelo magnifico preparo físico. Maratonamos os nossos dias na busca por desfechos, na verdade o que menos importa e uma boa noite de sono, mas deitar sem antes olhar novamente no celular as últimas mensagens, isso nem pensar em não acontecer, é de lei bisbilhotar, estamos perdendo o objetivo, com isso perdemos o contato humano, sobram faltas de deslizes íntimos com os dedos nos corpos sentindo o perfume, o calor e o tesão, falta diálogo, falta segurar um livro, o que não falta é lacunas para as surpresas, mas sabemos que o excesso de informação desinforma.O excesso de estímulos aliena, e enlouquece, não são com excessos que preenchemos os nossos espaços vazios mesmo porque tem espaços que existem justamente para não serem preenchidos

O viver... é a maior arma já criada e entregue para humanidade. Pena que nos foi entregue sem um manual de instruções... viva a vida como ela pede para ser vivida.... Aprenda a se desconectar...

 

Por Alfredo Guilherme 



4 comentários:

Marli disse...

Não quero participar desta loucura, me recuso...
Quero sentir o cheiro, o perfume...
Continuo lendo todas as mensagens por mais longas que sejam, tiro um tempo do meu dia para isto!

Amor disse...

Não vivo para ti, mas de ti. Sou teu, sem nunca deixar de ser meu. Possuo-te como se te libertasse porque dou-te asas que usas com mestria. Foges de mim sem desviar o olhar. Regressas quando menos espero e abraças-me como se me incendiasses a alma. Sinto os teus braços à volta do meu peito e murmuro o teu nome. Não respondes, porque sabes que eu sei que me ouviste. Bem pelo contrário. Sorris e beijas-me o pescoço. Passas as tuas pequenas mãos pelo meu rosto e dizes que sentiste a minha falta sem que isso te doesse. És minha sem ser de ninguém. És sobretudo quem não pode devolver aquilo que já deu. Porque isso está retido bem dentro de mim. Bem fundo no meu coração. Enterrado nas várias camadas de pele que me cobre o corpo, o mesmo que te dou sem medida de cada vez que mo pedes só para ti. Não vivo para ti, mas por ti. Sou como a memória de um amor. O nosso. Para sempre.

José Micard Teixeira

Maria José Viana disse...

Amor, que lindo esse texto de José Micard! E uma verdade quando se ama...

Irany Duarte disse...

Amei esse texto quem escreveu e um gênio,sabes como descrever um sentimento que nunca terá fim