Desmistificando ancestrais religiosos, em poucas
palavras, quando Olorum criou Exú atribui a ele diversas funções, uma delas foi
ser o elo entre Òrun (o céu) e a Aiyê (terra), ele seria uma espécie de
mensageiro. Ogum o senhor das ferramentas orixá da tecnologia sendo ele grande
amigo de Oxaguiã que ajuda a salvar o reino da fome e como ele tantos outros orixás
fazem parte desta linda cultura religiosa afro-brasileira.
Se você estranhou essa narrativa, certamente você aprendeu de uma única forma lógica e com doses de racismo e intolerância religiosa algo imoral mas normal num país como o nosso que ainda não se conhece.
Exú e os demais orixás são há muito tempo tratados como demônios como consta em registros da virada do século XX. Quando na verdade sequer existem demônios nas religiões afro-brasileira, demônios são uma criação cristã.
Uma grande demonstração de uma herança do pensamento escravocrata que pagavam em moedas por cada escravo açoitado no “Pelourinho”, e se leva-se 200 açoites o senhor do dito escravo pagava 320 réis para o Porteiro, que depois despejava nas feridas urina fezes e pimenta malagueta, nesse horror humanitário para com os escravos que não se comportavam ou eram fugitivos.
A
leitura e uma importante ferramenta no combate a intolerância, pois ela nos leva
diretamente na quebra de visões distorcidas sobre quem somos e o que fazemos com a nossa fé, e respeitar e entender outras religiões que não seja a nossa.
Precisamos reforçar as nossas culturas religiosas e saber que as divindades
pretas são tão lindas e ricas, possuindo narrativas civilizatórias e rituais tão
belo como em qualquer outra prática religiosa presente em nosso país, ajudar
nesse esclarecimento me permitiu conhecer pessoas que estão na luta contra o
racismo e a intolerância em geral que nos envergonha como seres humanos e filhos de Deus.
2 comentários:
Alguns que se dizem religiosos confrontam com os demais, achando que sua crença é o único caminho correto.
O respeito seria fundamental, mas não acontece... infelizmente!
Quando, nos despirmos da ignorância e tomarmos conhecimentos de mundos, nos despiremos do rascismo, do preconceito. Iremos descobrir que todas as crenças, culturas são boas. Nós é que ainda não somos...
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