Praia…

 Eu acordei cedo com a luz do sol brilhando através da janela do meu quarto. Decidi deixar meu celular em casa e aproveitar um dia na praia sem distrações. Eu queria experimentar um pouco da nostalgia dos tempos em que as pessoas se conectavam cara a cara, sem a constante presença do mundo digital.

Chegando à praia, eu senti imediatamente no corpo uma sensação de liberdade. Sem o peso do celular no meu bolso, meus sentidos se aguçaram. O som das ondas quebrando na praia era mais nítido, as gargalhadas das crianças brincando na água eram mais contagiantes e até mesmo o cheiro do mar parecia mais intenso.

Sem a tentação de ficar verificando meu celular a cada minuto, eu me vi mais aberto para interações com outras pessoas. Sentei-me na areia próximo a um grupo de amigos jogando futvôlei, e logo me juntei a eles para uma partida divertida. Rimos, nos divertimos e até mesmo fizemos alguns novos amigos.

Enquanto o dia passava, eu observei as pessoas ao meu redor, que como eu não estavam usando aparentemente o celular. Famílias construindo castelos de areia juntas, casais caminhando de mãos dadas à beira-mar e amigos jogando frisbee. Havia uma atmosfera de conexão humana e interação genuína que parecia estar faltando em muitos outros momentos da vida cotidiana.

À tarde, eu decidi dar um mergulho no mar. A sensação da água salgada envolvendo meu corpo era revigorante. Eu me deixei flutuar, apreciando a calma e a serenidade do momento. Enquanto estava lá, desconectado do mundo digital, senti uma paz interior que raramente experimentava quando estava constantemente conectado.

Quando o sol começou a se pôr, sentei-me na areia para apreciar o grande espetáculo. As cores vibrantes pintavam o céu, enquanto as gaivotas voavam em círculos ao redor. Enquanto a luz do dia diminuía, as pessoas ao meu redor não tinham o mesmo comportamento da galera na minha juventude, que se reuniam em volta de fogueiras para contar histórias, cantar músicas e simplesmente desfrutar da companhia uns dos outros.

Enquanto eu me levantava para ir embora, percebi que não tinha sentido falta do meu celular durante todo o dia. Não havia mensagens urgentes ou notificações incessantes para me distrair. Em vez disso, eu me conectei com o mundo ao meu redor e com as pessoas que cruzaram meu caminho. Foi uma experiência revigorante, uma lembrança de como a vida pode ser rica e significativa quando estamos presentes no momento, sem a constante distração do mundo digital.

E assim, com o coração cheio de gratidão e uma sensação renovada de conexão humana, eu deixei a praia naquela noite, sabendo que eu tinha experimentado algo especial. E prometi a mim mesmo que, de vez em quando, iria me desconectar do mundo digital e mergulhar novamente nessa sensação de presença e conexão.

Por Alfredo Guilherme