quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Crônica poetica: Calipígia de dar inveja...


      Quanto mais se olhava pra ela de frente, víamos ela sempre de costas. A inveja de outras mulheres era decadente era como se o jantar pra elas, ainda não fora servido. A verdade e que a "bunda" não existe, o que existe é só a ideia da "nádega", platónica de sexo...

Poeticamente dizendo...

Nas curvas que a vida teceu, és a musa Calipígia esculpida, inveja no olhar, Teu andar é poesia, cada passo uma rima Envolves o mundo com um encanto singular.

No compasso cadente dos quadris gingando Curvas desenhadas com maestria celestial. Inspiras o suspiro, o olhar que se perde Na sinfonia que entoa teu corpo sensual.

Teu sorriso desenha sonhos nos ares Despertas paixões, faz corações palpitarem. E os olhos que te observam, cheios de cobiça Revelam a beleza que em ti não se cansam de admirar.

És um poema escrito em linhas de beleza Um verso que flui com graça e sedução. E à medida que passas, o mundo inteiro para Para apreciar a rima da tua forma em constante evolução.

Causas inveja nas estrelas do firmamento Pois até elas cintilam menos ao teu lado. És a obra-prima da natureza, uma escultura viva A sua Calipígia, és o sonho de muitas outras.

E assim, em cada passo, escreves um poema Uma história que ecoa na mente de quem vê. Calipígia esculpida, no seu corpo, és a inspiração que flui Uma mulher única, na forma como te mostras e és.

Por Alfredo Guilherme


Calipígia é um adjetivo em português que descreve alguém
 com nádegas bem desenvolvidas atraentes, 
A palavra deriva do grego "Kallos", que "Belo",
 e "Puge", que significa "Nadegas".



quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Crônica: A dança melodiosa do amor…




    Naquele dia ensolarado, com um céu azul límpido, os ponteiros do relógio pareciam sussurrar a doçura do tempo, e eu me encontrava imerso na contemplação da intimidade da vida.  

     Resolvi caminhar pela movimentada, Av. Paulista, observando as pessoas em seus ritmos acelerados, mergulhadas em suas rotinas, enquanto eu buscava sentido na brevidade de cada instante.
    E foi assim, em meio ao cotidiano acelerado, que me deparei com um Café encantador. A porta de madeira rangia suavemente ao ser empurrada, revelando um ambiente acolhedor e repleto de aromas tentadores. A atmosfera poética do lugar chamou minha atenção, e ao fundo, um som suave de piano ecoava em harmonia com o burburinho das conversas.
    Sentado à mesa próxima à janela, vi uma cena que ficou gravada em minha memória como um poema visual. Um casal, em torno dos seus sessenta anos, dançava lentamente ao som da música, com olhares apaixonados e sorrisos cúmplices. Aqueles dois corações amantes pareciam ignorar o tempo e seus caprichos, entregando-se à beleza divina do amor.
    Encantado com aquela dança íntima, meus pensamentos voaram para o poema que eu escrevi em uma daquelas noite em que a inspiração tira o nosso sono, que versava sobre amar sem pensar no futuro, sem se preocupar com o depois.    A cena que presenciava ali era a personificação daquelas palavras, a materialização de uma poesia em movimento.
    Enquanto o casal rodopiava lentamente, como se flutuassem em uma nuvem de lembranças e saudades, pensei na fugacidade do tempo e na importância de se permitir amar intensamente, independentemente do tempo que nos é dado. Afinal, assim como a dança, o amor também possui seu compasso único e irrepetível.
     Ao observá-los, era como se a vida fizesse uma pausa para contemplar aquela cena, como se o universo estivesse em perfeita sintonia com a harmonia daquele amor maduro e delicado. Fui transportado para além das paredes daquele café, para um lugar em minha mente, onde os relógios não tinham vez e o momento tornava-se eterno.
    E, naquele instante, percebi que a poesia do amor se desenha em cada abraço apertado, em cada olhar sincero, em cada riso compartilhado. É uma dança em que os passos não são ensaiados, mas nascem da conexão verdadeira entre duas almas que se encontram nesse vasto salão chamado vida.
     Lembrei-me das histórias que já ouvi, das vidas que cruzaram meu caminho e das despedidas que vivenciei. O lamento do adeus sempre ecoava, mas ao presenciar aquela dança de dedicação mútua, encontrei a força para transformar a melancolia em celebração do momento presente.
     Enquanto o sol se punha por entre os majestosos prédios, dando lugar a um céu estrelado, que infelizmente é ofuscado pelas luzes da avenida, aquele casal ainda dançava, como se o universo dissesse: "Aproveitem cada nota desta melodia, pois a música da vida é fugaz, mas a dança do amor pode ser eterna."
     Deixei o café com o coração aquecido por aquela lição de amor e efemeridade.  Enquanto caminhava de volta para casa, compreendi que a vida é um espetáculo com tempo limitado e que a verdadeira magia reside em dançar a cada dia como se fosse o último compasso.
     Portanto, que possamos nos permitir amar intensamente, sem medo das incertezas do amanhã. Afinal, assim como a dança, o amor é uma arte que não espera plateia, mas vive na alma de quem se entrega a ele. Que cada um de nós saibamos aproveitar a coreografia única do amor, fazendo cada passo valer a pena nesta delicada, porém grandiosa, jornada da vida.

Por Alfredo Guilherme 


Livre leve e solto….

 

    Livre como a brisa do mar, deixo-me levar pelas ondas que dançam ao ritmo da natureza. Sinto o toque suave da areia sob meus pés, uma carícia que desperta a minha verdadeira essência da vida. Amar é mergulhar nesse oceano de emoções, onde as marés do coração, fluem em harmonia com os ventos do destino. 
      
    Navego pelos momentos que se desenrolam diante de mim, como um marinheiro destemido em busca de novas aventuras. Cada raio de sol beija minha pele, lembrando-me de que a vida é um presente efémero, uma dádiva que merece ser celebrada a cada amanhecer. Deixo que o calor do sol derreta minhas preocupações, enquanto me entrego à alegria simples de existir.

    Nos braços do amor, encontro refúgio e inspiração. É como se cada beijo fosse uma estrela cadente, traçando rastros luminosos no céu da minha existência. Compartilhar sorrisos e sonhos com alguém que entende a melodia da minha alma é como compor uma sinfonia perfeita, onde os acordes da felicidade se entrelaçam de maneira sublime.

    Deixo a vida passar como um rio calmo, fluindo serenamente em direcção ao horizonte. Cada momento é um fragmento precioso, um elo na correnteza do tempo que molda a história da minha jornada. Aprendo a valorizar os instantes singelos, os gestos gentis e as palavras sinceras que tecem a tapeçaria dos dias que se sucedem.

    Ser feliz é um ato de rebeldia contra as angústias que tentam nos envolver. É como soltar as amarras e permitir que os ventos da alegria nos levem para onde o coração deseja. Abraço a liberdade de ser quem sou, sem máscaras ou artifícios, e encontro a plenitude nas pequenas coisas que muitas vezes passam despercebidas.

    Cada poesia escrita no livro da minha vida é um testemunho da minha jornada de autodescoberta. As páginas são preenchidas com momentos de risos compartilhados, lágrimas derramadas e abraços reconfortantes. Amar na brisa do mar é como esculpir esculturas de sentimento na areia, sabendo que o mar de lembranças jamais apagará essas formas efémeras.

    À medida que o sol se põe no horizonte, contemplando o espectacular das cores que se desenha no céu, percebo que o amor é a verdadeira poesia da vida.   É uma melodia que ressoa em cada batida do meu coração, uma canção que ecoa na brisa que acaricia meu rosto. E assim, solto e livre, eu danço ao ritmo dessa melodia, permitindo que ela me guie pelas marés do amor e da felicidade.

Por Alfredo Guilherme