sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Crônica: O Amor que Ficou no Passado...

 


       Porque se ausentar de um futuro amor quando se quer viver um amor que não existe mais e ficou no passado? Será que vale a pena? Essa pergunta, carregada de sentimentos e dúvidas, ecoa na mente de muitas pessoas que já amaram e perderam.

       Vivemos em um mundo onde o passado frequentemente sussurra memórias doces e amargas em nossos ouvidos. Às vezes, essas lembranças são tão intensas que nos paralisam, impedindo-nos de seguir em frente. A nostalgia pode ser uma companheira traiçoeira, convidando-nos a revisitar momentos que, por mais perfeitos que parecessem, pertencem a um tempo que não voltará.

       É natural sentir-se preso a um amor que marcou profundamente. Aquele sentimento avassalador, as risadas compartilhadas, os olhares cúmplices... tudo isso compõe um mosaico de recordações que parecem insubstituíveis. Mas a verdade é que, por mais tentador que seja reviver esses instantes, viver no passado nos priva da possibilidade de novas experiências e novos amores.

       A ausência de um futuro amor em prol de um passado idealizado é um dilema. A saudade do que já foi pode nos cegar para o que pode ser. Cada amor é único, com sua própria magia e desafios. Ao nos fecharmos para o novo, estamos também fechando a porta para a evolução e o crescimento pessoal que cada relacionamento traz.

       Há uma beleza em permitir-se amar novamente. Um futuro amor não precisa ser uma réplica do passado, mas sim uma nova história, com suas próprias surpresas e momentos inesquecíveis. A vida é uma constante renovação, e cada dia traz consigo a promessa de um novo começo. É nesse recomeço que reside a esperança e a chance de construir algo ainda mais significativo.

       Viver preso a um amor que não existe mais é como tentar segurar água com as mãos. Por mais que tentemos, ela sempre escorre entre os dedos. Em vez disso, por que não abrir as mãos e permitir que algo novo preencha o espaço vazio? Cada cicatriz que carregamos é uma lembrança de que sobrevivemos, de que estamos prontos para amar de novo, de uma maneira mais sábia e profunda.

       Portanto, a resposta à pergunta inicial talvez seja simples, não, não vale a pena ausentar-se de um futuro amor por um passado que já se foi. O passado é um professor, mas o presente é a nossa realidade e o futuro, a nossa oportunidade. Abrace-o, permita-se sentir, arrisque-se a viver novas histórias. Afinal, o amor é eterno em suas possibilidades, e sempre há um novo capítulo esperando para ser escrito.

       Por Alfredo Guilherme 



   Cada página deste blog, seja um convite para explorar novos mundos, encontrar inspirações e reforçar o laço com a leituras.  Alfredo Guilherme






2 comentários:

Anônimo disse...

O passado tem mais é que ficar longe da gente

Anônimo disse...

Perfeito meu cronista preferido, o passado nos ensinou, ou não, faz parte da nosssa história e ela pode continuar sendo contada por meio de um novo amor, uma nova paixão, uma continuidade de vida.