Enviado por
KEDA
Fazer amor
(Poesia
encontrada em um mosteiro) Detalhe...Assim dizem...
Fazer amor é pisar na eternidade...
Fazer amor é
coisa séria demais...
Não basta um
corpo e outro corpo
Misturados
num desejo insosso
Desses que
dão feito fome trivial
Nascida da
gula descuidada
Aplacada sem
zelo
Sem
composturas, sem respeito
Atendendo
exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é
percorrer as trilhas da alma
Uma alma
tateando outra alma
Desvendando
véus
Descobrindo
profundezas
Penetrando
nos escondidos
Sem pressa
... Com delicadeza.
Porque alma
Tem textura
de cristal
Deve ser
tocada nas levezas
Apalpada com
amaciamentos
até que o
corpo descubra
Cada uma das
suas funções.
Quando a
descoberta acontece
é que o ato
de amor começa.
As mãos
deslizam sobre as curvas
Como se
tocando nuvens
A boca vai
acordando e retirando gostos
Provando os
sabores
Bebendo a
seiva que jorra
Das
nascentes escorrendo em dons.
É o côncavo
e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é
Ressurreição!
É nascer de
novo!
No abraço
que aperta sem sufocamentos
No beijo que
cala a sede gritante
Na escalada
dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar
Vale gemer
Vale gritar
Porque aí já
se chegou ao paraíso.
E qualquer
som há de sair melódico e afinado
Seja grave,
agudo, pianinho.
Há de ser
sempre
O acorde
faltante
Quando
amantes
Iniciam o
milagre do encontro.
Corpos se
ajustaram
Almas
matizaram.
Fez-se o
Êxtase!
É o instante
da Paz
É a
escritura da serenidade
E os amantes
em assunção pisam eternidades!
Somos a soma
do que nossas existências provocaram na vida, e no mundo, vivemos mergulhados
no mistério e na miscelânea que somos todos nos... Obrigado por mais está
postagem enviada ao nosso Espaço que é nosso... Valeu...
Alfredo
Guilherme