Achamos que estamos atentos, que somos
conscientes, nos achamos auto-determinados, que temos noção de nós, que somos
capazes de auto-crítica e possuímos livre-arbítrio.
Mas quando nos aprofundamos em
nossa visão de nós mesmos, damos de cara com o fato de que a ideia que temos de
nós é falsa.
Nossas vidas são feitas como em
sonhos fragmentados e nossos desempenhos são bem pouco conscientes. Não temos
noção até que ponto somos incapazes.
Controlamos muito pouco do que
nos acontece, do que somos e nossas decisões nem sempre dependem de nossa
coerência.
E se dependesse, estaríamos mais
perdidos ainda porque sabemos muito pouco e temos pouquíssima consciência de
nós mesmos e do mundo que nos circunda.
Talvez o que temos mais, a saber,
é que não sabemos e não sabemos até que ponto não sabemos.
O nosso conhecimento de nós é tão
precário que nem temos noção de quanto podemos estar errados em tudo o que
imaginamos saber.
Em suma, não temos o domínio consciente de nossas vidas.
Quando olhamos para dentro de
nós, tudo o que vemos é um núcleo de sensações e sentimentos e nenhuma certeza
absoluta.
Estamos perdidos, e é dai que
devemos partir. Do zero de saber e do que não temos sequer ideia de quanto
estamos perdidos.
O que existe são nossas
experiências, o resto de quase nada sabemos, talvez tudo o que sabemos de
verdade é que somos uma realidade que pensa, sente, e ama e não somos uma
ilusão.
E isso é simplesmente tudo...
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