Tudo
bem, a gente diz que quando se está conhecendo alguém, não é relevante discutimos relações passadas.
Pois a paisagem está se abrindo na nossa frente...
Você com certeza quer fazer parte desse cenário.
Sou
inter-racial, uma senhora branca de descendência italiana andando por essa cidade de São Paulo que acolheu os meus avós imigrantes com muito amor, e com esse mesmo amor eu ando com a linda negritude do meu namorado
Me
sentindo uma unificadora das raças, uma princesa de contos de fada, toda feliz da vida.
Quando
eu conheci Fernando, o que me atraiu nele foi o quão somos parecidos nos gostos e no sentido da vida.
Eu
devo ter ficado cega pelo amor, não faltou em nós os sinais óbvios que
apontavam para um relacionamento livre de dúvidas, para isso usamos
as nossas afinidades.
Eu
tive um vislumbre no inicio dessa relação.
Algo muito superior que eu não encontrei explicação.
Como
a classe social não deve e não pode ser colocada como obstáculo é óbvio que eu me tornei hiper consciente de
como isso poderia impactar a nossa relação.
Todas
as preocupações desapareceram pois aprendemos como entendê-las e apreciá-las, apaixonada e apaixonado nos conectamos.
Observando o mundo melhor e com mais fascínio pela vida.
Com esse homem fazendo parte do meu cotidiano.
Sexo
amor e afeição em uma só verdade sendo ela absoluta.
Hoje
estamos juntos e com muita preguiça de que o dia acabe e a noite termine.
Não me nego, me
preparo para servi-lo como mulher, esposa e companheira nessa nossa jornada da vida.
Aja
fôlego !!...
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Título: Sacudiu tudo...
Texto: Helinho Conte
Em
um clima livre de amor, entre uma praia e outra eu me despi de outras relações para viver a
minha terceira paixão e a definitiva.
E
foi assim no vaivém do forró eu percebi que ali eu poderia ser feliz.
A
sanfona gemendo, e a poeira subindo colando no suor no meu corpo descendo em
bicas...
Na batida da zabumba eu me deparei com a morenice sensual de Vilma, com seus longos cabelos negros, mas o que me encantou, foi o seu requebrado com a sua cintura remexendo dando um ritmo a sua opulenta bunda... Se você preferir glúteo dançante.
Eu tive que escolher naquele primeiro momento entre fazer amor ou dançar.
Eu
escolhi dançar.
Dançar
é se inspirar, existir, se conectar com o íntimo da parceira no calor do rosto rosando com o corpo colado.
Tive acesso a intimidade do corpo dela através da música.
Aconteceu um aperitivo com fortes doses de tesão, que finalizou no enrosco dos nossos corpos nus,
na noite que estava por vir.
A
vitrola na minha casa sempre rolou muito vinil de xaxado e baião, na minha
infância meus país idolatravam o mestre Luiz Gonzaga.
Confesso
que me apaixonei pela figura do rei do baião com seu chapéu de couro.
Uma
mistura de alegria, sofrimento do sertão árido do Nordeste.
E pela Vilma que me sacudiu com tudo, para amor...
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Muitas vezes nos perdemos no tédio da repetição de quem somos, consumidos pelo estresse de buscarmos o amor... Em alguém que substitua quem sabe, o que imaginávamos ser insubstituível.
Alfredo Guilherme