quarta-feira, 25 de setembro de 2024

A bebida predileta…

       


    

      Ser a bebida predileta de alguém, no sentido figurativo, é ocupar um lugar especial na vida e nos sentimentos dessa pessoa. É ser aquela presença que sacia, conforta e traz prazer em cada momento, seja ele simples ou grandioso. Como a bebida preferida, você é a escolha natural, o primeiro pensamento ao final de um dia cansativo, o alívio em um momento de tensão, e a celebração em uma conquista.

     Pense em como alguém escolhe uma bebida predileta. Pode ser um café forte e intenso para quem busca energia logo pela manhã, ou talvez um chá suave e reconfortante, que abraça a alma com delicadeza. Para outros, é um copo de vinho, que esquenta o peito e traz à tona boas conversas, risadas e sentimentos profundos. Seja qual for a preferência, ser essa bebida na vida da pessoa amada significa ser capaz de preencher os vazios e atender aos desejos mais profundos com o sabor certo.

     Você é o primeiro gole esperado com expectativa, aquele que traz um sorriso imediato e faz a pessoa fechar os olhos por um instante, apreciando o momento. E, como a bebida favorita, sua presença não é apenas prazerosa, mas necessária. Há um conforto em saber que você está ali, pronto para ser saboreado de novo, seja em dias de chuva ou sob o sol radiante.

      Mas ser a bebida predileta não é só ser agradável, é também ser constante. Você precisa ser confiável, sempre presente para quando a sede surgir, mas nunca de forma banal ou automática. Cada gole é uma nova redescoberta, cada momento é único, assim como cada encontro entre vocês.

       E há uma intimidade nisso. Ser a bebida favorita de alguém é entender seus gostos e nuances, é saber o que aquece seu coração ou refresca sua alma. Assim como a bebida que acalma ou desperta, você conhece a medida exata de si mesmo a oferecer, sabendo quando ser forte e intenso, e quando ser suave e acolhedor.

       Finalizado, ser a bebida predileta é ser a escolha inquestionável, aquela que é feita com os olhos fechados e a certeza de que é exatamente o que a pessoa precisa. É ser o sabor que a alma deseja, o toque que desperta os sentidos, o calor que preenche de dentro para fora. Ser a bebida predileta é, enfim, ser a fonte de satisfação e felicidade constante na vida da pessoa amada.


      Por Alfredo Guilherme 




Virtuosidade anal…

                                                         


        Uma Prova de Intimidade...

      Ah, o começo de um relacionamento! Tudo é perfeito. Cada encontro é uma preparação meticulosa, cabelo impecável, sedoso com brilho, perfume nos pontos certos do seu corpo onde certamente você vai ganhar aquele beijo sedutor e, claro, uma leve tensão no ar. Porque, convenhamos, no início de um romance. Você se apresenta ao outro como uma versão refinada. 

      Mas há uma ameaça invisível à espreita, e quando a realidade corporal começa a se manifestar. E a hora de encarar um tabu que ninguém ousa mencionar… “A Virtuosidade Anal” Ou seja soltar gases, pum, traque, peido, bufa, seja lá como você costuma chamar, sendo que o mais temido é o famigerado “Traque Sequencial”  (que sai, vários um por um de cada vez). 

      E quando acontece,… O silêncio que se segue é quase tão palpável quanto o som que acabou de ser emitido. Os olhares se cruzam, tentando processar o que acabou de acontecer, e o “Presencial Peidorreiro”, só tem duas opções de livramento…  Dar um migué, isso mantém, o constrangimento disfarçado, ou cair na gargalhada, quebrando de vez a barreira da formalidade diante das pessoas.

       Mais nesse ínterim, um dos maiores tabus até hoje, ainda é soltar uma “bufa” na frente da pessoa amada.

        Mas eis que, em algum momento isso pode acontecer com qualquer um de nós. É quando a bolha da perfeição estoura. Pode ser numa noite romântica, após um jantar caprichado, quando vocês estão confortavelmente esparramados no sofá cheios de libertinas intenções. 

       De repente, sem aviso prévio, você sente aquele inconfundível movimento interno, O incômodo aumenta, a pressão interna se intensifica, você tenta disfarçar, muda de posição, levantando uma aba do bumbum para que ele vá pra longe, respira fundo, mas não adianta. Um pequeno, silencioso, mas decisivo, “pum”, escapa.

       Se você perceber que o cheiro não vai se dissipar sozinho. Então, levante casualmente, fingindo que vai buscar algo, e aproveita para espalhar no ar e assim neutralizar a densidade. Se o seu parceiro notar, sorria e diga… “Êita, poluição, nossa hoje está demais né?” Nunca complete com essa frase a sua desculpa “Meu olho está até ardendo ?” Seu parceiro maliciosamente vai imaginar, “ Meu Deus, esse "pum" foi poderoso, levemente apimentado ”. Coitado do fiofó...

       Se houver um cachorro ou gato por perto, é a sua chance. Olhe para o bichinho com uma expressão de falsa surpresa, mais já condenando o coitado,  “Nossa, parece que alguém aqui precisa de uma nova ração hein !”  E você sai impune. Claro, use essa estratégia com moderação. 

         Aromática solução é já deixar "um clima romântico". Uma vela de baunilha ou lavanda faz milagres nesses momentos. Evitando o desastre olfativo.

         Se o relacionamento já estiver em um estágio mais avançado, use o humor como defesa, “ Amor não tive como evitar, ele queria de qualquer jeito conhecer a mulher que eu amo !!!". Essa desculpa, pode gerar resposta... "Nossa amor, não podia ser pelo WhatsApp ?".

       A verdade é que, por mais cômico que pareça, o momento em que você solta gases na frente do seu parceiro pode marcar um ponto de virada na relação. É uma daquelas provas de intimidade que ninguém gosta de admitir, mas que inevitavelmente acontece.

       Porque, vamos ser sinceros, amor de verdade não se constrói apenas com momentos glamorosos, flores, jantares e declarações apaixonadas. O “pum” também se faz presente até na “intimidade sexual”, Ele está na convivência diária, onde a proximidade entre duas pessoas revela a realidade, sem filtros.

      Depois da primeira vez a tensão sobre o tema diminui. O constrangimento inicial se transforma de certa forma, em um lembrete de que vocês se aceitaram de verdade, além das aparências. A partir daí, o relacionamento ganha uma nova leveza. Afinal, se você pode ser você mesmo, com tudo o que isso implica e ainda ser amado, é porque algo maravilhoso na relação está funcionando à pleno vapor.

      Mas claro, há regras não ditas nesse universo dos gases conjugais. Soltar um de vez em quando, numa situação casual, é aceitável, e até normal. Agora, transformar isso em um show de fogos de artifício diário pode não ser bem aceito ! O segredo está no equilíbrio. O respeito ainda precisa prevalecer, mesmo em meio à descontração.

      No fim das contas, soltar gases conjugais, na vida de casal é apenas mais uma das tantas formas de intimidade que o amor verdadeiro proporciona. Porque amar alguém é, de fato, acolher seus melhores e piores momentos, até aquele “arquivado ” nas entranhas do ser humano. ( O peido ).


     Por Alfredo Guilherme 



domingo, 22 de setembro de 2024

Crônica : A idade é essa... Eu só quero é ser feliz…

 


     Você nunca imaginou que isso aconteceria. Não depois dos 60. A vida já estava acomodada, você com seus hábitos bem estabelecidos, os filhos já criados, os netos crescendo, ou já até formados e aquela rotina tranquila que parecia ser o caminho natural. Mas aí, de repente, você se apaixona. Sim, você. Depois dos 60.

     E agora, o grande dilema, como contar isso para os filhos? Sim aquelas belezuras que a gente limpou a bundinha e agora acham que ficamos sem o poder da assimilação dos fatos. Você já se pegou ensaiando várias vezes, procurando as palavras certas para que não pareça ridículo, para que eles entendam que, mesmo com a idade, o coração não perde a capacidade de se surpreender. É pode disparar por alguém.

    Quando finalmente decide falar, a reação deles é tudo que você já esperava surpresa, talvez até um pouco de descrença. “Você, mãe? Apaixonada? Como assim?” Ou, “Pai, sério? Você acha que precisa disso agora?” Eles falam com cuidado, como quem não quer magoar, mas a preocupação está estampada nos olhos. Para eles, você já tinha encerrado essa fase da vida, como se o amor tivesse data de validade, como se apaixonar fosse privilégio da juventude.

     Mas o que complica ainda mais a situação é quando eles descobrem que a pessoa por quem você se apaixonou tem um poder aquisitivo menor que o seu. É aí que os olhos se estreitam e a preocupação cresce. A primeira coisa que eles pensam? "Será que é um golpe?"

    Você tenta explicar, com aquela calma que só os anos trazem, que a vida não se encerra aos 60. Que, mesmo depois de todo o tempo vivido, ainda há espaço para novas descobertas, novas emoções. Sim, você sabe que eles estão preocupados, acham que você pode estar sendo ingênuo, vulnerável e se por acaso vier a tomar às azulzinhas pra dar um "up" mais consistente no sexo, o velho coração vai explodir. Mas o que eles não percebem é que, depois de tanto tempo, você aprendeu a identificar o que é real, o que é verdadeiro.

    Eles acham que você está em busca de preencher um vazio, que talvez a solidão tenha pesado. Mas o que eles não entendem é que essa paixão que chegou agora não é um remendo, não é uma fuga. É algo a mais, algo que veio acrescentar alegria à sua vida. É o despertar de sensações que você achou que estavam adormecidas para sempre, a felicidade de redescobrir o mundo com outro alguém ao lado, sem a pressa ou as ilusões da juventude.

    E aí, eles fazem a pergunta que você já antecipava: “E se não der certo?” Como se existisse uma regra, uma garantia, para que as coisas sempre funcionem a contento. Você já viveu o bastante para saber que o amor, em qualquer fase da vida, é uma aposta. Não é a segurança de um final feliz que importa, mas a jornada, o que você sente agora, o que vive agora.

    Com o tempo, eles vão se ajustando à ideia. Vai demorar um pouco até que aceitem aquele convite para um almoço de domingo onde o "novo amor do pai" ou o "novo companheiro da mãe" estará presente. Mas você não tem pressa. Seu amor não precisa de aprovação, só de espaço para existir, no seu próprio tempo.

     O que você quer que seus filhos entendam é tudo tão simples assim, você continua sendo a mesma pessoa que sempre foi, aquela que eles conhecem tão bem. Mas agora, além de tudo, você está apaixonado. E isso, nessa fase da vida, é uma espécie de renascimento, uma chance que poucos têm. Em ter esse  amor mais leve, mais sereno, mas nem por isso menos intenso.

     E quando finalmente aceitarem, porque eventualmente aceitam, talvez até perguntem a você como é possível. Como é que o amor pode atingir a vida de alguém nessa etapa, depois de tanto tempo. E aí, você vai sorrir e dizer que, na verdade, o amor não tem hora, não tem idade. Ele só acontece, e é um presente que se deve acolher, seja aos 20, aos 40, aos 60 ou aos 70 daí pra frente é só apertar o botão do foda-se e cair pro abraço…


      Por Alfredo Guilherme



sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Positividade tóxica e a tragédia endêmica...

    


        A positividade tóxica e a tragédia endêmica reflete a seriedade e enfatiza a necessidade de um equilíbrio entre o reconhecimento do sofrimento e a busca por esperança e mudança, representam dois polos opostos na maneira como lidamos com a realidade. 

     Ambos são reações extremas que podem nos distanciar de uma compreensão mais equilibrada dos desafios que enfrentamos no dia a dia, especialmente em tempos de crises contínuas.

     Positividade tóxica, este conceito se refere à insistência em manter uma visão excessivamente otimista, mesmo quando as circunstâncias claramente não o justificam. É uma forma de pressão social que faz com que as pessoas sintam a necessidade de suprimir emoções negativas e mascarar o sofrimento. Frases como “tudo vai dar certo”, “pense positivo”, ou “poderia ser pior” podem, em vez de ajudar, invalidar sentimentos legítimos de dor, frustração e angústia.

     O problema central dessa positividade é que ela ignora a complexidade da experiência humana. Ela nega a validade do sofrimento, fazendo parecer que sentimentos de tristeza, raiva ou desespero são falhas pessoais, e não reações normais a situações difíceis. Ao fazer isso, muitas vezes impede o enfrentamento adequado das realidades adversas. Quando nos forçamos a pensar que devemos estar sempre bem, acabamos por reprimir nossos sentimentos, o que pode levar ao esgotamento emocional e ao isolamento, pois nos sentimos incapazes de compartilhar nossas dores sem sermos julgados.

     Por outro lado, temos a “tragédia endêmica”, que representa uma percepção de que certas crises são permanentes e inevitáveis. É a aceitação quase resignada de que desastres sociais, econômicos ou ambientais fazem parte da estrutura cotidiana e que pouco pode ser feito para mudá-los. No contexto de um país como o Brasil, onde crises sistêmicas, como corrupção, violência e desigualdade, parecem constantes, essa visão pode se tornar uma maneira de sobreviver em meio a uma realidade aparentemente inalterável.

    Essa tragédia, no entanto, tem um efeito paralisante. Ela pode gerar apatia e desengajamento, pois a crença de que o desastre é inevitável enfraquece a vontade de lutar por mudanças. Ao aceitar a tragédia como algo inerente à sociedade, muitos se tornam passivos diante de injustiças, acreditando que seus esforços não terão impacto real. Essa perspectiva é perigosa porque, ao normalizar a crise, reforçamos sua continuidade. Desse modo, a tragédia não é apenas uma consequência de forças externas, mas também de nossa aceitação coletiva da inércia.

    A dicotomia entre a positividade tóxica e a tragédia endêmica revela a dificuldade que temos em encontrar um caminho intermediário. De um lado, o otimismo forçado nos desumaniza ao nos impedir de lidar com nossas vulnerabilidades, do outro, a aceitação da tragédia como destino nos priva de esperança e da capacidade de mobilização.

    O desafio, portanto, é encontrar um equilíbrio. Precisamos reconhecer e validar o sofrimento e a realidade das crises, sem perder de vista a possibilidade de mudança. O sofrimento, quando reconhecido, pode se tornar uma força transformadora. Precisamos permitir que emoções negativas existam sem deixar que nos dominem, e devemos, ao mesmo tempo, reconhecer a profundidade das crises sociais sem cair no cinismo ou na resignação.

    Esse equilíbrio exige uma visão crítica e realista do mundo, mas também um compromisso com a ação. Não se trata de negar a dor ou as dificuldades, mas de reconhecê-las enquanto buscamos soluções possíveis. A mudança começa quando aceitamos a verdade dos nossos desafios sem desistir de encontrar caminhos para superá-los.


    Por Alfredo Guilherme 



quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Cronologia para o amor…

 


       A ideia de uma "cronologia para o amor" sugere um percurso, uma linha do tempo que poderia guiar o desenvolvimento de um sentimento tão complexo quanto o amor. Ele não tem uma idade cronológica "X", para acontecer. Embora o amor não siga necessariamente uma ordem rígida, podemos pensar nele como um processo, onde diferentes fases se desdobram, cada uma essencial à construção de algo profundo e duradouro.

      Uma Jornada em Etapas, O amor, em todas as suas formas, não acontece de maneira instantânea. Ele se constrói em etapas, às vezes silenciosas, outras vezes intensas, e cada uma delas nos revela algo novo sobre o outro e sobre nós mesmos. Tentar delimitar uma cronologia para o amor é, de certa forma, entender que ele é um processo contínuo de descoberta, crescimento e transformação.

      Tudo começa com o encontro. Seja um olhar, uma conversa ou uma coincidência, esse primeiro momento é o despertar da curiosidade. Pode ser algo simples, até casual, mas é nesse instante que as sementes do amor começam a ser plantadas. Esse é o ponto em que nos perguntamos, "Quem é essa pessoa?" Há uma atração inicial, um desejo de conhecer mais, de explorar os mistérios e as peculiaridades daquele outro ser.

     Após o encontro, vem a fase do conhecimento. É aqui que começamos a descobrir quem o outro realmente é, além da superfície. Conversas se aprofundam, histórias são compartilhadas e cada detalhe, por menor que seja, torna-se significativo. Nesta fase, estamos abrindo portas, observando as singularidades e revelando também quem somos. O amor, neste ponto, é como uma investigação mútua, descobrir o que faz o outro rir, o que o emociona, o que o move. É onde as bases começam a ser firmadas.

      À medida que o conhecimento se aprofunda, surge a conexão. Não é apenas conhecer o outro, mas sentir-se ligado a ele. É perceber uma sintonia, uma espécie de dança invisível entre duas almas. A conexão não é apenas física ou intelectual, é emocional. Há uma sensação de pertencimento, como se o outro tivesse um espaço reservado na nossa vida antes mesmo de chegarmos a essa compreensão. O amor se torna uma ponte entre dois mundos.

     Depois de estabelecida a conexão, frequentemente surge a paixão. Esta é a fase do amor mais vibrante, onde as emoções são intensas e o desejo é ardente. A paixão traz consigo uma certa urgência, uma necessidade de estar com o outro, de experimentar a presença e o afeto de maneira total. Aqui, os sentimentos parecem queimar com força, iluminando todas as outras áreas da vida. No entanto, a paixão por si só é apenas uma parte da cronologia do amor, ela é, muitas vezes, o fogo que inicia, mas que precisa ser cuidado para não se extinguir rapidamente.

     Com o tempo, a paixão dá lugar à profundidade. Essa é a fase em que o amor se torna mais calmo, mais sólido. É onde compreendemos que amar não é apenas sentir, mas também cuidar, respeitar e apoiar. A profundidade traz a aceitação das imperfeições do outro, e é aqui que muitos relacionamentos são testados. Amar de verdade é reconhecer os defeitos e, ainda assim, escolher estar ao lado. É entender que o amor não é idealizado, mas real, com todas as suas complexidades e desafios.

     A profundidade leva ao compromisso. O compromisso é o ato de escolher o outro, não porque seja fácil, mas porque é significativo. É a decisão consciente de caminhar juntos, de enfrentar as adversidades e de celebrar as alegrias. O compromisso é o que transforma o amor em algo duradouro, o que o enraíza no tempo e na vida cotidiana. Aqui, o amor se torna um pacto de parceria, de companheirismo e de construção conjunta.

     Com o passar dos anos, o amor não permanece o mesmo, ele se transforma. À medida que mudamos como indivíduos, o amor também evolui. Ele passa por novas fases, novos desafios, e continua a se renovar. A transformação no amor é o que o mantém vivo. Aprendemos que o amor não é estático, mas uma força dinâmica que se ajusta às mudanças da vida.

      Por fim, o amor atinge uma dimensão de eternidade. Mesmo que não dure para sempre no tempo físico, o amor verdadeiro deixa uma marca. Ele se torna parte de quem somos, uma presença constante em nossa memória, nas escolhas que fazemos e no modo como enxergamos o mundo. O amor, quando vivido plenamente, transcende o momento e se torna parte de algo maior.

      O amor, portanto, não segue um roteiro linear, mas atravessa diferentes fases de construção, intensidade e amadurecimento. Cada etapa é crucial, e é ao viver plenamente cada uma delas é que o amor se consolida, se fortalece e se transforma em algo que realmente faz parte de nossa essência.

      Por Alfredo Guilherme




quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Universo conspirando contra você...


            Sabe aqueles momentos em que o universo decide que você vai ser a estrela do show de humor involuntário? Pois é, parece que ele adora apertar o botão do “justo agora” quando você menos espera! 

          Eu tenho uma lista pra isso!

          Tá no motel, o clima tá pegando fogo, música romântica no fundo, você pensando que está no ápice da perfeição... e o celular toca. Claro que você ignora, mas quando vê que é a sua melhor amiga, pensa: "Não, amiga, justo agora?" Ela só quer fofocar sobre a nova paquera do serviço, e você lá, tentando manter a concentração pra hora H ser plena. "Sério, amiga vai a merda !!!!!"

           E no shopping? Quem para na vaga de idoso na maior cara de pau, porque era a única vaga livre... Você sai do carro e dá de cara com o segurança, já te encarando, tipo: “Sério que você vai fazer isso?” E claro, você tem que tirar o carro, com todo mundo olhando, como se não fosse inflação parar na vaga preferencial. A vontade é de fingir que se tem 80 anos, só que muito bem conservado !. Sem cabelos grisalhos !!!

           Ah, e no avião? Senta, relaxa, coloca a mala no bagageiro, e logo vem alguém com aquele ar passivo-agressivo: "Desculpa, mas essa é a minha poltrona!" Aí você se levanta todo sem jeito, como se fosse a primeira vez que você embarcou em um avião. Nem a aeromoça esconde o riso !.Orientando você para a acento certo.

          Tem também aquela hora que você tá todo inspirado na cozinha, acha que é o próprio MasterChef, fazendo aquele prato especial para o jantar. Tudo indo bem, até que... falta um ingrediente essencial. E, você já misturou tudo, tá no meio do processo, e a única solução é correr desesperadamente até o mercado mais próximo. 

          Agora, depois de um dia inteiro no trabalho sem fumar, você finalmente acende o cigarro. Primeiro trago... e surge um ser iluminado que resolve ficar abanando o ar na sua cara pois acabou de inalar fumaça tóxica. Mas quando passa alguém fumando maconha, todo mundo faz cara de paisagem, e se falar alguma coisa é do tipo...  "Ai sim, que vibe, hein!"

          E quem nunca teve aquele momento no cinema, filme no ápice da tensão, e aí o seu celular, que você jurou que estava no silencioso, começa a tocar no volume máximo? A sala inteira vira pra você, a vergonha começa a subir pelo seu corpo todo, o pior, parece que nunca dá tempo de desligar rápido o suficiente!

          E sapato? Quem nunca? Você toda arrumada pra ser madrinha de um casamento, chegou no igreja, o salto fica pelo chão... quer dizer, salto quebrado. E agora? Você vai mancando até o altar, fazendo pose como se isso fosse moda. A desculpa... “Ah, tá, pessoal, ando assim de propósito !”

          E quem nunca trancou as chaves dentro do carro? Isso é o universo falando: "Hoje não é o seu dia, meu amigo." Ou aquela vez que o celular morre bem no meio da balada e você fica sem Uber, e seus amigos já se mandaram, e você de cara cheia de drinques, sem noção de como chegar em casa.

          Imagina você no banheiro, finalmente tirando aquele tempinho pra você no número 2. Antes do banho, porta trancada, sossego total... e o interfone toca! É a encomenda que você pediu há 3 dias, mas que, claro, resolveu chegar "justo agora". Você sai correndo, sem terminar o serviço, o cabelo pra cima, tentando atender a tempo. Aí, quando chega na porta, o entregador com cara de... O que é isso !!!... E você vergonhada por atender ele enrolada na toalha.

          Conexão deu pau... Você trabalhando "Home office" entra em uma reunião super importante no trabalho, e claro, "justo agora", a internet resolve cair ou começar a funcionar em câmera lenta. Você tenta religar o modem, mudar pro 4G, mas nada resolve. O chefe te chama e você fica congelado na tela, na posição mais estranha possível. Vestida da cintura pra cima.

          E, você num jantar super-romântico, aquele clima perfeito, luz de velas e tudo mais. Aí você decide abrir uma garrafa de vinho para deixar tudo mais especial. O "Justo agora', acontece, rolha quebra, metade fica presa na garrafa e a outra metade esfarela na ponta do saca-rolhas. O momento romântico vira uma luta pra tirar o restante da rolha sem destruir o jantar.

        

          E para finalizar o que dizer de um "justo agora", com aquela dor de barriga, vamos falar mais claramente, aquela "diarreia', que já te fez passar maus momentos em lugares inusitados onde o "pirili", nunca deveria acontecer. Fazendo você entender a importância da porta do fundo. 


         O resumo é o universo adora pregar peças, e a gente mesmo não sendo afeiçoado com esse momento o... "Universo apertar o botão do "Justo agora?!!!!",  Ai o bicho pega  !!!!.


          Por Alfredo Guilherme





segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Crônica : Aventura de ser brasileiro!…

 


        Cara, nascer no Brasil é tipo ganhar um passe vitalício pra uma montanha-russa. E não é qualquer montanha-russa, não podes crer !!!! . É daquelas que começam já lá no alto, com você pensando... “Agora vai!”, mas aí, do nada, o carrinho desce com tudo, e só conseguiu subir novamente quando apertaram a tecla certa, e eu pensando “Jesus, ainda bem que fizeram um " L" !” Pela democracia!!!!

        O Brasil, com a sua diversidade é como se fosse o único país no mundo com um “botão shuffle” misturando cultura, clima e humor. Você acorda com sotaque de paulista, almoça um feijão tropeiro com mineiro, e no jantar tá batucando num sambinha em um boteco qualquer. Tudo isso enquanto São Pedro decide na cidade de São Paulo, se manda sol de deserto ou a pior tempestade do mês. Aqui, a gente sai de casa com casaco, guarda-chuva, bermuda e camiseta e chinelo, porque quem sabe o que vai acontecer?

       Meu Deus, a nossa música, é de tirar o chapéu onde mais no mundo você encontra uma playlists? Que vai de Tim Maia e, dois minutos depois, sem escala já tá descendo até o chão com o Aché baiano, sem nem perceber a transição! É como se cada fase da vida tivesse sua trilha sonora personalizada. O funk é a batida do coração, mas bota um pagode num churrasco e pronto, vira a “ Vibe  do brasileiro !"

       Agora, a criatividade do brasileiro... Isso é uma coisa que nem dá pra explicar, é tipo superpoder! Qualquer problema, o brasileiro inventa uma solução na hora. Faz churrasco de asinha de frango, com amigos, pode uma porra dessa ! O como o preço da picanha caiu !! Inventa uma desculpa pra só fazer com ela, quando for em família !

      Cara, aqui, a gente faz gambiarra virar arte, e se não virar, pelo menos a gente tentou. E olha, não importa se a gente tá enfrentando a inflação, enchente ou a ressaca de duas Copa aqui no país, ainda temos cinco estrelas na camisa verde e amarela da seleção, o brasileiro encara tudo com um sorriso no rosto. É quase como se a gente fosse geneticamente programados pra transformar tragédia em " Meme ". Somos gênios trabalhando em outros países. É a nossa forma de resistência e luta pelo nosso valor ! Nossa história, forjada por mãos trabalhadoras.

       Mas a resiliência, do nosso povo...  Passa por cada coisa e ainda sai sorrindo. Aquela internet que resolve parar bem na reunião importante? A galera trava, mas o brasileiro sabe disfarçar o bug melhor que computador antigo. Fica lá, congelado na chamada de Zoom, mas com estilo!

      Otimista pra caramba... E o trânsito caótico ? Ah, esse é nosso campo de batalha. Ficar três horas no trânsito pra chegar no trabalho e, quando chega, o povo ainda tem energia pra soltar um…“Bom dia!” É um milagre. E tem o cara que nunca perde a fé, sai atrasado de casa? E põe fé que vai chegar no horário, põe a mão na buzina e grita: " “Acelera !!! Lesma“ !!!. E os brasileiros tem remédios para todos os males, imaginando cura e esperança tomaram até remédios sem eficácia na pandemia enquanto nos laboratórios estava nascendo a salvação, aí vou dizer quem tem C ´.... Tem medo !!!. Se isso não é ser otimista, eu não sei o que é ser otimista. Ser brasileiro é viver em um dos países mais biodiversos do mundo, onde a natureza se manifesta em abundância, desde a Amazônia até as praias paradisíacas.

       Então, galera, ser brasileiro é o quê? É um privilégio! Não pelo tanto que a gente sofre, em torcer pelo time favorito de futebol, mas pela capacidade que a gente tem de rir da nossa maravilhosa maneira de viver !  Aqui, a vida pode até dar um caldo, mas a gente se levanta, sacode a poeira e ainda dá a volta por cima... e sai sambando em meio a confete e serpentinas no Carnaval… Chega não vou falar mais de tantas outras qualidades senão daqui a pouco vai começar a chegar contêiner da China de tão bom que nós somos com brasileiros fabricados lá...

       

       Por Alfredo Guilherme 


      Carregar a brasilidade é levar consigo o calor do abraço, a criatividade sem limites, o amor pela vida e a crença no amanhã. É, sem dúvida, um privilégio que se manifesta no orgulho único e vibrante de ser brasileiro...



terça-feira, 3 de setembro de 2024

Poeta na Vida... / Vivendo Intensamente o Presente…


Não quero ser só poeta  

quero ser poeta na vida.  

Escrever versos com meus passos  

nas ruas que escolho caminhar.

Quero ser poesia no sorriso  

laçar o desconhecido  

no abraço que dou aos amigos  

e no perdão que ofereço aos meus erros.

Não quero apenas palavras  

presas em papéis e telas  

quero estrofes vivas  

vibrando em cada ato meu.

Quero rimar os dias com coragem 

fazer da alegria meu refrão ser um soneto de esperança 

em meio às tempestades de emoção.

Não quero ser só poeta 

quero ser verso e prosa  

ritmo e melodia  

quero ser feliz 

como uma poesia  

que se recita com a alma  

e se sente com o coração.


                          Por Alfredo Guilherme


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        Vivendo Intensamente o Presente…

       A vida é um constante fluxo, uma sucessão de momentos que se desenrolam sem pausa, sem aviso prévio. "Toda hora" somos chamados a viver, a escolher, a sentir, a decidir. O que faz da vida algo tão fascinante e, ao mesmo tempo, desafiador, é justamente essa permanência do instante presente, que se transforma e se reinventa a cada segundo.

       Não há intervalo para se preparar, para planejar o próximo ato. A vida nos exige presença constante, nos obriga a estar aqui, agora. E nessa urgência, encontramos a essência da existência, viver é um ato contínuo de se renovar, de responder aos desafios, de abraçar as alegrias e as dores que surgem sem aviso.

       A vida não espera por nós, ela é o movimento incessante das horas, dos dias, das decisões que tomamos ou deixamos de tomar. Por isso, é vital estar atento, consciente de que cada momento é único, irrepetível. Cada "toda hora" carrega consigo o potencial de mudar o curso da nossa história, de acrescentar um novo rumo à nossas experiências.

       E, ao perceber que a vida é toda hora, somos também convidados a dar valor ao agora, a não procrastinar nossos sonhos, a não adiar nossos afetos. É na constância da hora presente que reside a oportunidade de viver plenamente, de fazer do ordinário algo extraordinário, simplesmente por estarmos cientes de que o tempo não volta, e cada momento vivido é um presente, uma chance de ser mais, de fazer mais, de amar mais.

       A vida é, em sua essência, esse turbilhão de "agoras" que, somados, constituem nossa trajetória. Então, que possamos viver cada hora com a intensidade que ela merece, conscientes de que o tempo não para, e que o melhor que podemos fazer é seguir adiante, vivendo, amando, simplesmente sendo, a cada instante.


      Por Alfredo Guilherme 

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" Deus criou o homem porque adorava histórias "

Elie Wiesel