quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Revelaste a sua ingratidão...



       Qualquer coisa pode...
       Até chorar por lagrimas derramadas.
       Que... Desarruma o peito.
       Mas sem banalizar...
       A dor de uma paixão.

       Alegria...
       Não se pode fabricar.
       E a felicidade então, nem se fala.

       A sua ingratidão pois fim a uma verdade.

      Ninguém manda em um coração...
      Mas nessa penumbra, eu irei me recuperar...
      Que o amanhã tenha um novo nome.
      Para que eu possa chamar de amor.
      E desejar com carinho.
      Um bom dia... 


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O corpo...



   
       O nosso corpo...
       Para os olhares públicanos o corpo e adjeto, em sigilo de desejos, para alguns...
       Reles coisa em ambos os casos.

       Não é simples cultivar o amor próprio, com a idade chegando.
       Quando internalizamos o olhar que a sociedade dirige para nós. 

       Mas, ao mesmo tempo...
       Como não internalizar esse olhar quando nos criamos nessa mesma sociedade?   

       Perceba-se, com isso, que o desconforto que sentimos ê fruto não do corpo.  
       Que, de fato, temos...       
       Mas da forma como nos ensina a vê-lo, a significá-lo.

       Corpo-problema, foda-se... 
       Barriguinha aumentando com a idade foda-se também...
       O Corpo que carregamos não é um fardo.

       Corpo que temos e que, na maioria das vezes, queremos acreditar que não somos...
        No máximo estamos. 

        Forma de apaziguarmos a ideia de que, se ele for transformado.
        A verdade sobre nós virá à tona.
        E seremos, enfim, vistos da forma como nos vemos.
        Curta exercício e cuide da sua saúde, o resto e o que a vida tem para nos dar...


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Ainda me emociono...

   

 Texto Casual...

      Viajar de avião sempre é algo maravilhoso! Chegar a São Paulo, depois de um tempo fora, estão nem se fala, sentir aquele cheiro de gasolina queimada, o ronco das motos e a visão grotesca de carros amontoados no trânsito e todo aquele povaréu me emocionou demais, ao ponto de lágrimas descerem em meu rosto.

       De repente, lá estava eu com os olhos cheio de lágrimas, parecendo um bobo, na janela do carro.

      Minha amada e odiada cidade, onde nasci, sofri, cresci e hoje eu só quis andar, ver o centro da cidade por dentro, talvez somente para conferir se tudo continuava no lugar.

      Quando entrei nas ruas centrais, me assustei. Abriu o sinal e lá veio aquela multidão apressada para cima de mim. Eu, em minha ansiedade, fechei a cara e a encarei quase como um touro bravo, essa mesma cara usamos também aqui para entrar e sair na Estação Sé do Metrô.

      Tentei abrir caminho na marra. Era como uma mata fechada: faziam que eu andasse para trás ou ficasse de lado para abrir caminho para os outros passarem.

      Andei o Viaduto do Chá... Que pena não existe mais o Mappin o nosso magazine, tentei um sorriso, e manter a simpatia, no meio da rua, na verdade eu já estava entrando em paranoia de perseguição, com tanta gente mau encarada sentada nas escadarias do Teatro Municipal. 

     E fui passeando aos poucos. Demorei mais de uma hora para andar da Praça Ramos de Azevedo à avenida Ipiranga. Cerca de poucos metros apenas eu estava na Praça da República.

     E rever a mais famosa esquina do Brasil, Ipiranga com Av. São João foi emocionante.
    Caetano Veloso até que tentou poetizar essa famosa esquina, conseguiu à moda dele, mas quem é paulistano é apaixonado mesmo pela malandreada e boemia letra de "Ronda" de Paulo Vansolini na voz impecável da cantora Márcia.
     
    Eu havia perdido as relações que me conectavam com essa cidade.
    Desenvolvemos, sem perceber, um direcionamento automático em ruas intransitáveis. Só assim são possíveis esses congestionamentos gigantescos de carros nas grandes capitais, sem acidentes.        

     Atravessamos multidões quando conectados à cultura geral.       
    Há até o aplicativo Waze que nos indicam os caminhos melhores e mais livres, pelo celular. 
     Isso, para mim, é uma clara demonstração de que fomos feitos para conviver em sociedades comunitárias.
     Nós nos adaptamos muito rapidamente às condições do outro e do mundo em que vivemos. E esse é o nosso maior trunfo. 
     Tudo o que você imagina de bom e moderno existe nesta cidade.

     São Paulo, vou dizer... Você é foda... !!

    

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Colete... Ícone indelével...


       Essa coisa misteriosa que não se compra é um amor puro, pelo senso de pertencimento e pelo prazer de pilotar sobre duas rodas, usando um colete bordado com o seu nome e o brasão do moto clube.



      O colete é um ícone indelével na cultura das motocicletas.

      Usados pelos pilotos como um testemunho do estilo de vida com suas motocicletas, e triciclos os coletes são ao mesmo tempo símbolos de liberdade e individualidade.
       Nos primórdios da história da motocicleta, os pilotos usavam suéteres, jaquetas do time do colégio e macacões de garagem como meio de proteção durante os passeios com suas máquinas.
      Apenas alguns motociclistas mais organizados tinham seus nomes estampados na parte de trás de suas jaquetas. Uma prática que evoluiria em paralelo com os futuros coletes.
      A evolução do colete de moto clube pode ser rastreada até a Segunda Guerra Mundial.
      Os aviadores tendiam a se apegar a coisas que lhes eram familiares e esse senso de identidade era expresso pintando os narizes dos seus aviões e seus incríveis casacos com ícones da cultura pop americana da época.
     O vínculo criado por esses homens sob tal pressão foi amalgamado por símbolos e imagens que lhes davam o senso de pertencimento, conforto, poder, proteção e coragem. 
     Imagens que variavam com personagens de desenhos animados e as garotas pin-ups eram pintadas em suas jaquetas, criando uma linguagem visual por conta própria.
     Depois da guerra, os veteranos voltaram para casa com a necessidade de aliviar o impacto do estresse que viveram durante o conflito armado e muitos encontraram o tal alívio nas motocicletas.
     Essas máquinas eram o veículo adequado para quebrar a monotonia da vida mais tranquila em casa, injetando uma dose de adrenalina e excitação.
     Na medida em que as motocicletas se tornavam mais poderosas e mais rápidas, surgia a necessidade de uma proteção mais adequada, de modo que as jaquetas que tinham sido usadas durante a guerra tornaram-se uma visão comum entre os motociclistas em os seus moto clubes.
    Essas jaquetas ofereciam melhor proteção, mas apresentavam um problema, restringia a mobilidade dos braços, ficando muito quente para a maioria das condições de pilotagem, principalmente nos locais mais quentes durante o verão, nasciam aí os famosos coletes.
   Durante a década seguinte, no final dos anos 50, o Mundo viu a propagação dos moto clubes, principalmente nos Estados Unidos.
   As mais famosas é sem dúvida a Harley-Davidson a Hell's Angels, e a primeira de afro-americanos a East Bay Dragons de Oakland. Cujo os integrantes deste moto clube por serem negros arriscaram a vida durante dias pilotando motos Harley, foi um ato revolucionário defendendo bravamente a igualdade de direitos.
   Ao mesmo tempo, uma série de outros eventos sociais aconteceram como a H.O.G Harley Owners Group, de motociclistas, que provocou uma força significativa de rebeldia com paixão e autenticidade que transcendem cultura, gênero, e idade, pelas famosas motos Harley- Davidson nos seus membros associados.
   Todos esses ingredientes foram refletidos em sua visão social, e senso de estilo.
    Foi esta rebelião e a necessidade de funcionalidade que fez com que os motociclistas cortassem as mangas de suas jaquetas, resultando no que hoje é conhecido como “The Cuts”.
   “The Cuts” evoluiu em paralelo com os estilos e tendências dos tempos, de cortar jaquetas de couro e jeans, para torná-las mais leves.
   Nos anos 50, as tendências de moda dos Teds que originou os Greasers nos EUA e dos Rockers no Reino Unido transformaram as jaquetas de couro e os coletes em uma parte emblemática de estilo agressivo recheadas de pinos de metal e botons.
   Também aqui no Brasil, essa cultura foi muito além de ser parte fundamental da vestimenta da irmandade de motociclistas da estrada.