sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Crônica: A Busca…

 


Em busca de um relacionamento profundo e autêntico em um mundo superficial…

É Possível ?

Entendo perfeitamente o desejo de evitar conversas superficiais e clichês nas interações cotidianas. Por exemplo, quando você pede uma bebida específica e a recebe em um copo inadequado, com pedras de gelo que rapidamente alteram o sabor original, ou quando se envolve em histórias mal resolvidas de relacionamentos passados da atual namorada. Essas experiências de falta de autenticidade podem ser profundamente frustrantes.

Vivemos em um mundo onde respostas automáticas e relacionamentos efêmeros são comuns, o que naturalmente desperta o desejo por conexões mais profundas e significativas.

Quando você busca um entendimento mais profundo em suas interações e na forma como o amor é vivido, no chamado "amor de fim de semana" frequentemente caracterizado por relações superficiais e passageiras, parece vazio e insatisfatório, e é com razão.

Por outro lado, a busca por um amor genuíno e significativo é uma aspiração legítima do ser humano. Valorizar a profundidade emocional se torna essencial para estabelecer relacionamentos duradouros e enriquecedores.

Assim como você não deseja uma bebida com o sabor original alterado, você anseia por um amor extraordinário que transcenda convenções e respostas pré-concebidas. Valorizar a qualidade sobre a superficialidade é a busca certa por uma vida mais rica e significativa, especialmente quando se trata do amor.


Por Alfredo Guilherme



terça-feira, 19 de setembro de 2023

Ecoa um nome, o seu…


 A minha paixão por você me consome, emana de dentro de mim como uma chama ardente.
Uma voz brota do meu peito, transformando-se em um sussurro que ecoa um nome, o seu…
No âmago da minha existência, minha alma traduz emoções fervorosas. Em cada traço desenhando o seu perfil, ganha vida e me preenche de sentimentos profundos. Das linhas desenhadas escorrem águas cristalinas, que deságuam em um oceano intoxicante de amor e se dissipam em ondas agitadas.
Em cada palavra que escrevo, você é a inspiração que embriaga meus pensamentos. Quando escuto suas mensagens, sua voz ressoa como um gemido, um sussurro sedutor que me enlouquece.
Você é a protagonista e a personagem que me seduz, e testemunha obscena da intensidade do nosso amor. Em um êxtase de desejos, nos entregamos ao deleite mútuo.
Exploro cada curva escaldante do seu corpo, mergulhando em cada centímetro com fervor. Nossos corpos se misturam em uma poesia carnal, uma vivência de prazer inebriante.
E nas palavras que escrevemos, eternizamos com ardor o nosso amor, deixando uma marca indelével na nossa história.

Por Alfredo Guilherme 



sábado, 16 de setembro de 2023

Crônica : Houve um tempo poético…

Houve um tempo em que o Brasil se banhava nas águas da poesia. Épocas que nos presentearam com versos profundos, escritos por autores cujas palavras eram como diamantes preciosos, lapidados na inspiração de suas almas. Eu lembro desses tempos com um carinho especial, quando as letras eram uma dança no papel, e a poesia era a linguagem da alma.

Os versos de Vinicius de Moraes, com sua paixão ardente e melodia suave, ecoavam em meu coração. Ele nos levava a um mundo de amores intensos e suaves tristezas, como se cada palavra fosse um suspiro de saudade. O Brasil se apaixonava pelos versos do Poetinha, e eu não era exceção.

E quem pode esquecer o Drummond? Seus poemas eram como espelhos, refletindo as complexidades da existência humana. Ele nos fazia olhar para dentro de nós mesmos, confrontando nossos medos e sonhos, e eu me via nas suas palavras, e também de outros grandes poetas, buscando significado na imensidão do universo.

Mas nem tudo era poesia na minha juventude. Ilusões também eram tecidas em fios de ouro, apenas para se desfazerem como poeira ao vento.

A juventude da minha época viveram suas paixões e desilusões e ditadura, e eu não era exceção. Ah, como me lembro das promessas de amor eterno, das juras de lealdade, que se desvaneceram como miragens no deserto da juventude.

Hoje, essas lembranças estão empoeiradas nas estantes da minha vida. São páginas viradas, mas não esquecidas. Os anos passaram, e as ilusões de juventude deram lugar à sabedoria da experiência.

Entendi que a vida é uma crônica em primeira pessoa, e cada capítulo é escrito com as tintas da vivência.

A poesia ainda me acompanha, mas de forma diferente. Não mais como espectador, mas como protagonista. Escrevo meus próprios versos, expressando meus anseios, alegrias e tristezas. Encontrei a minha voz nas palavras, e elas são a minha forma de eternizar momentos, capturar emoções e compartilhar minha jornada.

Assim, enquanto o tempo avança, eu continuo a folhear as páginas da vida, escrevendo as minhas poesias.
Os poetas do passado me inspiram, mas é no presente que encontro minha verdadeira voz.
E, embora as ilusões tenham se dissipado, o que permanece é a busca incessante pela beleza nas palavras, na poesia cotidiana que nos envolve.

Por Alfredo Guilherme



sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Presidente… "Lula" … Obrigado !



      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em Janeiro deste ano uma Lei que equipara injúria racial ao crime de racismo.
      A legislação vigente define como racismo a situação na qual a ofensa é dirigida a uma coletividade, enquanto a injúria racial ocorre quando a agressão é direcionada a um indivíduo. Não há previsão de fiança para nenhum dos dois.

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     Como indivíduo, é meu dever proclamar com veemência meu repúdio ao racismo que aflige pessoas pretas no Brasil e no mundo. O racismo é uma ferida profunda em nossa sociedade que persiste há séculos, causando dor, sofrimento e desigualdades inaceitáveis.

Cada ser humano é uma criação divina, um reflexo do amor e da diversidade que o Criador destinou para nosso mundo. Não podemos permitir que o preconceito racial obscureça essa verdade fundamental. Todas as pessoas, independentemente de sua raça ou cor, merecem igualdade, dignidade e respeito.

O amor divino nos ensina a amar nosso próximo como a nós mesmos. Não podemos cumprir esse mandamento enquanto o racismo persistir. Devemos abraçar a diversidade como um presente divino que enriquece nossas vidas e culturas. Devemos reconhecer que a beleza da humanidade reside em sua pluralidade, e a verdadeira harmonia só pode ser alcançada quando celebramos essa diversidade.

É nossa responsabilidade, como seres humanos conscientes e compassivos, trabalhar incansavelmente para erradicar o racismo de nossas sociedades. Devemos educar-nos e aos outros, promover a justiça e a igualdade, e unir-nos em solidariedade com as pessoas pretas que enfrentam a discriminação diariamente.

Somente quando todos nós nos erguermos contra o racismo, quando nos comprometermos a ser antirracistas, poderemos aspirar a um mundo verdadeiramente justo e inclusivo, onde cada pessoa possa viver sua vida com dignidade, livre do fardo do preconceito. Acredito que, com amor divino como nosso guia, podemos transformar essa visão em realidade.

Por Alfredo Guilherme


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Nas entrelinhas do amor…

 



Estamos escrevendo a nossa história de amor, nas páginas deste livro, cada capítulo é repleto de emoção e ternura. A nossa história está sendo escrita com letras douradas, intensamente os momentos são mágicos e de superações, como nas obras de grandes escritores brasileiros, como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector.
     Assim como Capitu e Bentinho em "Dom Casmurro", que enfrentaram as incertezas e os desafios do destino.

    O que eu desejo é que possamos continuar a escrever a nossa própria versão de um amor eterno, cheio de cumplicidade e compreensão. 
    Que possamos aprender com os romances e as histórias já lidas e evitar os erros que levaram à tragédia de seus protagonistas.
    Como Guiomar e Estevão em "Senhora", anseio por uma paixão arrebatadora, repleta de desejo e entrega.

    Que nosso amor seja intenso como as páginas deste romance, onde a protagonista luta contra as convenções sociais em busca de sua felicidade.
    Olhando para os exemplos da literatura romântica brasileira, como "A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo e "Amor de Perdição" de Camilo Castelo Branco, desejo que a nossa história seja marcada por encontros e desencontros, alimentando a chama do amor em cada página.
    Que nosso amor seja como uma trama apaixonante, com reviravoltas e surpresas, mas sempre encontrando seu caminho de volta à união e à felicidade.
 
    Que os obstáculos que enfrentarmos sejam apenas ingredientes para fortalecer nossa relação, assim como acontece nos enredos apaixonantes dos livros de romance.
    Nas entrelinhas dos nossos dias, espero que nossa história de amor seja digna de ser contada e recontada, como os clássicos que resistem ao tempo.
    Que, assim como essas grandes obras da literatura, nosso amor seja imortalizado, perpetuado em nossos corações e mentes, inspirando outros casais a buscarem o verdadeiro significado do amor.
    Que a magia da leitura nos envolva e nos inspire a construir uma história de amor que ultrapasse as barreiras da imaginação e se torne realidade. 
    Que nosso amor seja um testemunho vivo de que o “romance”, não está apenas nas páginas dos livros, mas também na vida de cada um de nós. 

Por Alfredo Guilherme 


UM POUCO DE MEDO...

 


Um pouco de medo
Não tenho medo da solidão
Tenho medo que não respondas
nem escutes
nunca mais
tenho medo da distância
das palavras não ditas
tampouco ouvidas
tenho medo que o dia acabe 
e receio que não me escrevas
nunca mais
tenho medo que o escuro da noite
apague você de vez
tenho medo que não venhas mais 
 enquanto o sono não chega
tenho medo que você se ausente
pra sempre dos meus pensamentos
 E que seja verdade,
O  medo da solidão.


Por : Marta Solyszko


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      A importância da escrita como forma de expressão

     Quando se trata de expressar nossos pensamentos, emoções e ideias, a escrita desempenha um papel fundamental. É a maneira pela qual podemos transmitir nossos sentimentos mais profundos e compartilhar nossas experiências com o mundo. A escrita nos permite dar voz àquilo que está dentro de nós e nos conectarmos com os outros de uma maneira única e significativa.

     Como um blog pode ser um veículo para o amor pela escrita

     Um blog oferece um espaço perfeito para exercitar e nutrir nosso amor pela escrita. É um lugar onde podemos explorar livremente nossos interesses e paixões, contar histórias pessoais e compartilhar conhecimento com os outros. Escrever em um blog nos permite construir uma comunidade de leitores que se identificam com nossa voz e estilo, e nos dá a oportunidade de impactar positivamente a vida de pessoas ao redor do mundo.

     Participe você também, seus textos cronicas, contos, poesias, pensamentos serão bem vindo...  Alfredo Guilherme



quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Rita Lee… Orra meu…!!!

 


Na cidade que nunca dorme, onde os arranha-céus tocam o céu…

Eu, São Paulo, da garoa, me ergo com orgulho. Tendo Rita Lee, como minha musa e minha voz, sussurrando ao mundo minhas histórias.

"Eu sou a loba da cidade, um lobo mau", assim ela canta, descrevendo minha essência, que é tanto misteriosa quanto cativante. Entre as avenidas movimentadas, e esquinas famosas, como a Ipiranga com Av São João e os becos escondidos, sou um enigma a ser desvendado.

"Ossos do ofício, me vingo do vício", diz Rita, e é verdade, pois aqui, nas ruas pulsantes de São Paulo, as paixões e os vícios se entrelaçam. Sou o palco de amores ardentes e vidas entrelaçadas.

"Eu sou chiclete com banana, dura na queda", assim proclama Rita, e essa é a minha alma resiliente. Apesar dos desafios, eu persevero, como um símbolo de força e determinação.

"Eu sou a mosca na sua sopa", ela brinca, e sim, sou o incômodo, o inesperado, a surpresa que se esconde a cada esquina. Em São Paulo, a vida é uma aventura constante, onde o inusitado é apenas o começo.

"O meu amor é o negócio do século", Rita canta com paixão, e é verdade, pois o amor acontece em cada canto da cidade. Sob a luz das estrelas ou em meio à agitação da metrópole, o amor é a essência que nos conecta.

Nas ruas de São Paulo, cada passo é uma dança, cada rosto uma história, e cada verso de Rita Lee é uma trilha sonora para essa jornada. Sou uma cidade de contrastes, onde a tradição encontra a vanguarda, e a música de Rita Lee ecoa como um hino para todos aqueles que chamam São Paulo de lar.

Assim, com as palavras e músicas de Rita Lee, eu, São Paulo, me apresento ao mundo, como uma cidade de corações vibrantes famintos de amor e sexo, de almas inabaláveis, onde a vida é uma eterna canção.

Por Alfredo Guilherme



Caras e bocas...

 


Ela é como a lua em suas fases mutáveis, faz caras e bocas usando máscaras variáveis. Quantas pessoas ela guarda dentro dela, isso ninguém sabe. Ela é um emaranhado de mistérios, a cada novo dia.

Verdades estão no seu profundo olhar, algumas escondidas, outras reveladas ao mundo. Cada olhar, um vislumbre, tenta rostos sacanas, mas só passa uma doçura juvenil, apesar da sua idade. Mas quem realmente ela é, ninguém sabe.

No jogo do amor, sua fidelidade é uma incógnita. Um enigma que permanece, até mesmo quando goza. Ela se entrega, se apaixona, mas até onde ela vai? Sua nudez não tem normas, mas ela não promete sexo selvagem.

Sua alma é feita de paixão ardente, lotada de emoções, intensa e envolvente. Ela mergulha fundo, no desejo, sem medo do que virá. Mas sua lealdade permanece oculta, nas profundezas do mar.

Para cada encontro ela se reserva em pequenos fragmentos de prazer, tece a teia do amor, com cuidado e clareza. Quantos corações já tocou, quantas histórias de amor viveu? A resposta está em suas memórias, que ela retém a sete chaves.

Assim ela caminha, pela vida com suas caras e bocas, e verdades veladas. Uma mulher misteriosa, e no labirinto do afeto, ela não se perde. Com suas múltiplas faces, buscando a verdade ansiada. Resumindo, ela não é uma enviada pelos Deuses, é apenas uma mulher...

Por Alfredo Guilherme



quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Inesquecíveis momentos...

 


Parte (1) O mergulho do sol...

O sol começava a se despedir lentamente do horizonte, pintando o céu com uma paleta de cores intensas. Os tons de laranja e rosa se misturavam de maneira delicada, transformando o azul claro do dia em uma tela em constante mudança. À medida que a luz do sol diminuía, as sombras alongavam-se, criando uma atmosfera de serenidade.

As nuvens, como pinceladas suaves, pareciam dançar ao redor do sol, criando um espetáculo único a cada instante. O mar refletia as cores do céu, transformando-se em um espelho dourado que se estendia até onde os olhos podiam alcançar. O som das ondas quebrando suavemente na praia parecia uma trilha sonora perfeita para a cena que se desenrolava.

Enquanto o sol descia cada vez mais, as silhuetas das árvores e das montanhas ganhavam um contorno mágico. A cidade, antes agitada e ruidosa, agora começava a se acalmar, à medida que as luzes artificiais ganhavam vida, pontuando o cenário com pontos de luz dourada.

No horizonte, o sol finalmente mergulhou completamente, deixando para trás um rastro de cores intensas que gradualmente se transformaram em tons mais suaves. A escuridão tomou conta do céu, mas não sem antes oferecer um espetáculo inesquecível de beleza e reflexão.

E ali, na quietude do pôr do sol, senti-me parte de algo maior, testemunha de uma transição celestial que acontecia todos os dias, mas que jamais deixava de ser única e surpreendente.


Parte ( 2) Lua soberana…



Passando pela orla, voltando de um passeio pelas praias vizinhas no litoral, me deparei com o manto prateado da lua que acabava de surgir no horizonte como se surgisse do mar. A lua cheia contemplou a noite estrelada. Minha mente mergulhou na imensidão do cosmos, onde as constelações dançavam como versos cósmicos, e a lua reinava soberana no céu noturno.

Sai do carro caminhei pela areia até molhar os pés com as ondas perdendo força suavemente, morrendo tranquilamente na areia.

Tive uma conexão profunda com a natureza, como se os segredos do universo estivessem sendo sussurrados em meu ouvido. Os pensamentos fluíam com um turbilhão de palavras, que ansiava por expressar em reverência por está cena majestosa.

Inspirado pelo cenário celestial, comecei a gravar no celular cada palavra que brotava da minha mente era como um raio de luz, iluminando as sombras da noite. Enquanto eu descrevia a lua como uma deusa prateada, senhora das marés e guardiã dos sonhos.

À medida que a poesia se desenrolava, não podia deixar de expressar a minha gratidão pela beleza que me rodeava naquele momento. Mencionei como a lua lançou seu feitiço sobre todos os seres, inspirando-nos a sonhar e buscar o desconhecido.

Ao me inspirar nos versos sob o luar, sentia como se estivesse participando de um ritual antigo, me conectando com os poetas e pensadores que vieram antes de mim e me maravilharam com o poder poético da lua. O luar era meu confidente, e a poesia que humildemente ali criava era a minha homenagem à majestade do céu noturno.


Por Alfredo Guilherme



sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Crônica : Bons tempos …

 


No tumultuado cenário da juventude, éramos repleto de desejos incontroláveis e descobertas, aqueles anos 60 eram um verdadeiro labirinto para se chegar a liberdade. Flashbacks de saudades nos levam de volta a uma época em que os namoros eram marcados por uma inocência que hoje parece distante. As namoradas da juventude, muitas vezes, mantinham uma pureza que impedia a exploração da intimidade física, e os homens, impulsionados por desejos incontidos, frequentemente encontravam refúgio de alívio no chuveiro para se satisfazer em frenéticas masturbações, ou em puteiros espalhados na região do centro velho da cidade.

Nossos encontros com as namoradas eram clandestinos, ocorrendo em qualquer lugar onde pudéssemos nos esconder, com pouca luz ansiosos por momentos de gostosas sacanagem que elevassem nossa adrenalina juvenil. O banco traseiro do Fusca era o motel da época. Depois eram voz angelicais nos confessionários pra manter a pureza em dia. O medo de engravidar pairava sobre nós, como uma ameaça constante, fazendo com que gozos no ar fossem a única alternativa segura. As pílulas contraceptivas trouxeram um suspiro de alívio, simplificando nossa vida amorosa, mas ainda carregando consigo dilemas e responsabilidades.

A trilha sonora de nossa juventude era o rock, uma batida pulsante que ecoava em nossos corações e ditava o ritmo de nossas aventuras. Ouvíamos as letras provocadoras, que incitavam rebelião e liberdade, enquanto nossas almas ansiavam por uma nova era de autodescoberta, curtindo a sonolenta mas inspiradora bossa nova.

Posteriormente, a jovem guarda entrou em cena, trazendo um novo capítulo para nossas vidas. Os ídolos da música nacional conquistaram nossos corações, e suas canções marcaram momentos importantes em nossos relacionamentos. Era uma época de danças alegres em discotecas ou romantismo ingênuo curtindo o pôr do sol.

Nessa crônica, é possível vislumbrar a complexidade da juventude daqueles tempos. O desejo e a busca pela liberdade se chocavam com as limitações sociais e culturais da época. Cada passo dado, cada experiência vivida, moldou a trajetória desses jovens que navegaram por um labirinto de emoções e descobertas entre elas as drogas. Hoje, olhando para trás, essas memórias permanecem vivas, lembrando-nos de uma juventude repleta de paixão, música e o eterno desejo de ser livre.

Por Alfredo Guilherme